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A Doutrina Espírita nos convida ao estudo; mas alerta-nos que sem Obras nunca seremos verdadeiramente ESPÍRITAS.

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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

PARTICIPAÇÃO CÓSMICA - 26/08/2014/vivo

DE QUE NOS VALE A RELIGIÃO?


Por vezes, as pessoas dizem que vivem muito bem sem estarem vinculadas a nenhuma crença. Que a religião não lhes faz falta.
E assim, não frequentam culto ou templo algum, não se envolvem nessas questões, conforme afirmam.
Verificamos que, enquanto tudo vai bem, a vida vai sendo vivida em abundância. O emprego está garantido, o salário é bom, a família segue sem percalços.
Os filhos estão na escola, alguns já conquistaram a alegria da aprovação no vestibular e frequentam a Universidade.
Contudo, a vida na Terra passa por fases. Nada é perene, mesmo porque vivemos num mundo de coisas transitórias. Dessa forma, a saúde que hoje nos abraça, amanhã poderá ter emigrado para longínquas estâncias.
Os amores que compartilham as alegrias do lar conosco, poderão ser os passageiros que abandonam a nave Terra, e, muitas vezes, de forma intempestiva, trágica.
Estamos passeando tranquilos e um acidente pode nos tolher a liberdade dos movimentos físicos, para o restante dos nossos dias.
Sentimo-nos muito bem, gozando os dias com trabalho, amigos, lazer e, de repente, uma enfermidade nos toma de assalto, enchendo de sombras os meses futuros.
Quando essas questões ocorrem e não desfrutamos do amparo da crença na verdadeira vida, na imortalidade da alma, na existência de um Deus justo e bom;
quando tudo que estava bom se torna ruim, como se fosse um acúmulo do que chamamos desgraças, os que não temos o esclarecimento dos objetivos da vida na Terra, e que vivíamos como se houvesse perenidade neste mundo, sentimos o chão nos faltar.
Então, o desespero se torna o companheiro constante porque não conseguimos aceitar a separação de um ser querido, arrebatado pela megera chamada morte.
E, se lembramos de Deus, nesses momentos, é para reclamar, para nos revoltarmos, porque a dor é imensa, quase insuportável.
Quando somos surpreendidos por diagnósticos que nos falam da morte iminente, quando somos tolhidos em nossas possibilidades de ampla liberdade, tudo se torna sombrio.
É para esses momentos que a religião se faz de importância. A religião que esclarece que todos fomos criados pelo amor de um Deus Pai, todo justiça e misericórdia.
Que somos Espíritos em trânsito por um corpo carnal, com dias contados sobre a face do planeta. Que nosso objetivo é progredir e que, para isso, contamos com dores e dificuldades, que testam a nossa fortaleza.
É nesses momentos que a oração, que aprendemos a pronunciar, em louvor e gratidão a esse Pai, se torna rogativa.
Nosso diálogo com Ele não é de revolta, nem de rebeldia, é a conversa do filho com o Pai, pedindo forças.
Conscientes de que a cada um é dado conforme as suas obras, guardamos a certeza de que um grave motivo existe para que o sofrimento nos envolva, seja em que forma se apresente.
É para isso que serve a religião. Aquela que esclarece porque nos encontramos sobre este planeta, que nossa estada por aqui é passageira, que logo mais adentraremos, novamente, o mundo espiritual, de onde viemos.
E, então, diluiremos a saudade no reencontro com todos os amados que se foram antes. E também ali chegaremos com a palma da vitória de quem soube vencer a dor, a doença e a morte, com a honra do filho confiante.
Pensemos nisso e agradeçamos a Deus a bênção da fé que nos conduz os dias e da religião que nos ilumina a consciência.

Redação do Momento Espírita. Em 25.8.2014.

ERNESTO CORTAZAR - Deep In My Soul
https://www.youtube.com/watch?v=jjBU74vGW6U

domingo, 24 de agosto de 2014

CONTRA A VIOLÊNCIA



Como epidemia social, a violência vem tomando lugar na sociedade, de maneira generalizada.

Muitos vêm deixando de lado o trato social, abrindo mão das pequenas gentilezas cotidianas, como algo fora de moda ou de contexto.

Homens e mulheres, com honrosas exceções, vêm se permitindo extravasar a própria violência em ações e comportamentos.

Se estão no trânsito, a sua pressa justifica ultrapassagens ilegais e desrespeitosas, não cedendo passagem a quem pede, transformando-se, não raro, em uma verdadeira máquina de guerra, dentro de seu carro.

No trato cotidiano, a impaciência não lhe permite compreensão com algum idoso à sua frente, em um passo mais lento, natural da idade.

Com alguém que lhe pede breve informação, não oferece parcos minutos para a resposta valiosa.

E se alguém desavisado lhe ocasiona algum contratempo, transborda sua fúria em tratamento desrespeitoso, pautado por vocabulário vulgar e ofensivo.

A imprensa veicula notícias que se sucedem e impressionam pela violência, desequilíbrio e rudeza das pessoas.

Mata-se por motivos banais, corrompe-se vidas com justificativas levianas, agride-se física e moralmente como se fosse direito irrefutável.

Assim agem muitos, na atualidade.

Aturdido pelas conquistas tecnológicas, maravilhado pelas possibilidades do mundo moderno, o homem se deixa perturbar, por não dar conta de tantas possibilidades e novidades.

Ganha o mundo na velocidade dos cliques do computador, sabendo de tudo e de todos, nas mais variadas redes sociais.

Ao mesmo tempo, se desorienta por encontrar seus processos intelectuais e emocionais com as velocidades de sempre.

Em um único dia, é capaz de assimilar infindas informações, saber do que acontece em qualquer parte do globo, em tempo real, e de enviar dezenas de e-mails para todas as partes do mundo.

A sua intimidade, no entanto, ainda apresenta um imenso universo a ser descoberto e explorado.

Aparelhado de todos os recursos tecnológicos, não consegue buscar ferramentas no seu mundo interno para enfrentar com equilíbrio os desafios da sociedade moderna.

Por isso, aturde-se. Aturdido, agride.

Torna-se violento, como mecanismo de defesa, para esconder a própria fragilidade.

Quanto mais violento, mais frágil, mais precisando de amparo.

Esses violentos são, na verdade almas enfermas, com dificuldades para dar conta de si e do mundo.

Para conviver com eles, importa armar-se de paz, a fim de agir de maneira sensível, gentil e sensata diante da palavra rude.

Para o comportamento bruto, o trato amável. Para a impaciência, a calma. Para a grosseria, a compreensão.

Somente assim, armados de paz, é que conseguiremos combater a violência.

Sejam os nossos os instrumentos da paz, em todas as circunstâncias.

Na análise do nosso comportamento, na oração e meditação cotidianas, invistamos no hábito das ações serenas e ponderadas.

Dessa forma, munidos de paz, finalmente teremos o antídoto eficiente para agir nestes dias de violência.

Redação do Momento Espírita. Em 23.8.2014.

Fonte: http://www.momento.com.br

"Deep Peace" Spiritual. Tribute to Bill Douglas

https://www.youtube.com/watch?v=n14A2z_1Sho

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

DISCIPLINA DO PENSAMENTO



Você consegue imaginar quantos pensamentos temos por dia?

Estudiosos informam que temos entre sessenta a noventa e cinco mil pensamentos em vinte e quatro horas.

É uma quantidade realmente muito grande...

Isso significa, por exemplo, que durante esta mensagem poderemos chegar a ter entre duzentos a trezentos e trinta pensamentos!

Trazemos então uma primeira reflexão: Quantos desses tantos pensamentos diários são bons, úteis? Quantos são maus, inúteis?

Infelizmente a maioria deles ainda não pode ser classificada como pensamentos saudáveis e construtivos, porém, existem formas de se disciplinar o pensar, pois bem pensar é a elevada forma de se viver.

Aqui vão alguns ensinamentos importantes a respeito da disciplina do pensamento.

Se meditarmos em assuntos elevados, na sabedoria, no dever, no sacrifício, nosso ser impregna-se, pouco a pouco, das qualidades de nosso pensamento.

É por isso que a prece improvisada, ardente, o impulso da alma para as potências infinitas, tem tanta virtude.

É preciso aprender a fiscalizar os pensamentos, a discipliná-los, a imprimir-lhes uma direção determinada, um fim nobre e digno.

Cada tipo de pensamento tem que ter a sua hora, o seu lugar. Não devemos estar em casa, com a família, e com os pensamentos em outro lugar, como, por exemplo, no ambiente de trabalho.

Cada vez que surja um mau pensamento, essa fiscalização fará com que um alerta se acenda em nós, e tomemos alguma atitude para expulsá-lo o mais rápido possível.

É bom também viver em contato, pelo pensamento, com escritores de gênio, com os autores verdadeiramente grandes de todos os tempos e países, lendo, meditando sobre suas obras, impregnando o nosso ser da substância de suas almas.

É necessário escolhermos com cuidado nossas leituras, depois amadurecê-las e assimilar-lhes a quintessência. Em geral lê-se demais, lê-se depressa e não se medita.

O estudo silencioso e recolhido é sempre fecundo para o desenvolvimento do pensamento. É no silêncio que se elaboram as obras fortes.

Há também a prática de meditar. Na meditação o Espírito se concentra, volta-se para o lado grave e solene das coisas. A luz do mundo espiritual banha-o com suas ondas.

Evitemos as discussões ruidosas, as palavras vãs, as leituras frívolas.

Sejamos sóbrios de jornais, TV e Internet. O contato com essas mídias, fazendo-nos passar continuamente de um assunto para outro, torna o Espírito ainda mais instável.

A alma oculta profundezas onde o pensamento raras vezes desce, porque mil objetos externos ocupam-no incessantemente.

Disciplinar os pensamentos significa disciplinar a vida, e escolher caminhos mais seguros.

Na nascente de todos os atos, palavras e ideias estão os pensamentos. Mudemos a matriz e teremos uma vida renovada e mais feliz.

Lembremo-nos: bem pensar é a elevada forma de viver!


Redação do Momento Espírita com base no cap. XXIV, do livro O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, ed. Feb. Em 24.05.2011.

Fonte: http://www.momento.com.br

Extraído de: http://espirito-de-cura.blogspot.pt

domingo, 17 de agosto de 2014

INCOMPREENSÃO


"Fiz-me fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos para, por todos os meios, chegar a salvar alguns." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 9:22.)

A incompreensão, indiscutivelmente, é assim como a treva perante a luz, entretanto, se a vocação da claridade te assinala o íntimo, prossegue combatendo as sombras, nos menores recantos de teu caminho.

Não te esqueças, porém, da lei do auxílio e observa-lhe os princípios, antes da ação. 

Descer para ajudar é a arte divina de quantos alcançaram conscienciosamente a vida mais alta.

A luz ofuscante produz a cegueira.

Se as estrelas da sabedoria e do amor te povoam o coração, não humilhes quem passa sob o nevoeiro da ignorância e da maldade.

Gradua as manifestações de ti mesmo para que o teu socorro não se faça destrutivo.

Se a chuva alagasse indefinidamente o deserto, a pretexto de saciar-lhe a sede, e se o Sol queimasse o lago, sem medida, com a desculpa de subtrair-lhe o barro úmido, nunca teríamos clima adequado à produção de utilidades para a vida. 

Não te faças demasiado superior diante dos inferiores ou excessivamente forte perante os fracos.

Das escolas não se ausentam todos os aprendizes, habilitados em massa, e sim alguns poucos cada ano.

Toda mordomia reclama noção de responsabilidade, mas exige também o senso das proporções.

Conserva a energia construtiva do exemplo respeitável, mas não olvides que a ciência de ensinar só triunfa integralmente no orientador que sabe amparar, esperar e repetir.

Não clames, pois, contra a incompreensão, usando inquietude e desencanto, vinagre e fel.

Há méritos celestiais naquele que desce ao pântano sem contaminar-se, na tarefa de salvação e reajustamento.

O bolo de matéria densa reveste-se de lodo, quando arremessado ao poço lamacento, todavia, o raio de luz visita as entranhas do abismo e dele se retira sem alterar-se.

Que seria de nós se Jesus não houvesse apagado a própria claridade fazendo-se à semelhança de nossa fraqueza, para que lhe testemunhássemos a missão redentora? Aprendamos com ele a descer, auxiliando sem prejuízo de nós mesmos.

E, nesse sentido, não podemos esquecer a expressiva declaração de Paulo de Tarso quando afirma que, para a vitória do bem, se fez fraco para os fracos, fazendo-se tudo para todos, a fim de, por todos os meios, chegar a erguer alguns.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Fonte Viva'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Extraído de: http://anjo-de-resgate.blogspot.pt

sábado, 16 de agosto de 2014

O SOFRIMENTO NOS FORTALECE


Nossa visão limitada dos acontecimentos da vida, às vezes, não nos permite entender os mecanismos divinos na coordenação da Sua obra.

Quando vemos um pequeno ramo verde romper a terra firme e elevar-se na direção do sol, buscando instintivamente a luz, não compreendemos quais são os objetivos divinos para a pequena planta.

Passados alguns dias, voltamos a atenção para o pequeno ramo e nos surpreendemos...

Já não é mais um raminho, está mais forte. Contudo, o vemos agora ser açoitado por rajadas de vento, por chuvas torrenciais ou pelo sol escaldante. 

A pequena planta se dobra... É jogada de um lado para o outro. Algumas folhas, ainda frágeis, não resistem, desprendem-se do galho e são levadas... 

A chuva castiga, o sol maltrata, mas a pequena árvore não sucumbe. 

Dentro de alguns anos o tronco estará mais firme, já não se dobrará tanto com os açoites do vento, e as raízes buscaram sustentação no solo generoso. 

E nesse fenômeno da natureza os objetivos do Criador se cumprem... 

A semente se converte em planta, que se faz árvore, floresce, frutifica e espalha novas sementes que germinarão e frutificarão. 

* * *

Como ocorre com a árvore, nós também passamos por momentos em que sentimos, no corpo e na alma, os açoites do vento cruel dos sofrimentos.

Outras vezes, são as tempestades de problemas que testam a nossa resistência...

Em outros momentos é o sol escaldante da solidão, do desalento, fazendo-nos exaustos e desejosos de nos deixar cair para não mais levantar... 

Ainda aí, devemos nos espelhar nos exemplos da natureza. 

A árvore somente se mantém em pé porque se faz flexível diante dos embates. 

Enquanto o vento a faz dobrar-se, as raízes se firmam no solo, tornando-a mais forte e resistente. 

Mesmo quando as baixas temperaturas do inverno lhe crestam a ramagem, ela não desiste, permanece em pé, aparentemente vencida, para, logo mais, enfeitar-se novamente com folhas e flores e continuar em busca do sol, sua fonte de vida. 

Pensando a respeito dessas singelas experiências da natureza, poderemos entender os objetivos do sofrimento em nossas vidas. 

Jesus, o Espírito mais sábio de que a Terra teve notícias, alertou que nada há oculto que não venha a ser descoberto. Essa é a realidade da qual não poderemos fugir, por mais que tentemos. 

Assim sendo, é decisão inteligente de nossa parte agirmos de tal forma que, se forem divulgados nossos pensamentos e atos, de nada tenhamos que nos envergonhar. 

Em outras palavras, é importante que nossa vida seja um livro aberto, do qual não tenhamos de arrancar nenhuma página ou adulterar nenhuma linha, na tentativa de enganar a ninguém, muito menos de enganar a Deus. 

* * * 

Uma das causas de sofrimento dos Espíritos é o fato de perceberem que os equívocos cometidos não se apagaram com a morte. 

Muitos tentam fugir de suas vítimas, que os aguardam no além-túmulo, ou fugir de si mesmos, tamanha a carga negativa que acumularam na própria consciência. 

Assim, enquanto estamos a caminho, repensemos nossos valores, nossas atitudes. 

E se percebermos que não estamos agindo de acordo com a sã consciência, corrijamos o nosso passo, para nosso próprio bem. 

Redação do Momento Espírita. Em 19.09.2008. 

Fonte: http://www.momento.com.br

Extraído de: http://espirito-de-cura.blogspot.pt

ISSO TAMBÉM PASSARÁ


O médium mineiro Francisco Cândido Xavier contou que, num de seus dias de profunda amargura, solicitou ao benfeitor espiritual que levasse o seu pedido de socorro à Maria de Nazaré, para que ela o consolasse, já que seus problemas eram graves.

Após alguns dias, o benfeitor retornou dizendo-se portador de um recado da mãe de Jesus.

Chico imediatamente pegou papel e lápis e colocou-se na posição de anotar: Pode falar, tomarei nota de cada palavra.

Emmanuel, benfeitor atencioso, lhe falou:

Anote aí, Chico. Maria me pediu para que trouxesse o seguinte recado:

"Isso também passará. Ponto final."

Chico tomou nota rapidamente e perguntou ao benfeitor: Só isso?

E ele respondeu: É, Chico. A Mãe Santíssima pediu para lhe dizer que isso também passará.

* * *

Como Chico Xavier, muitos de nós, quando visitados pela dor, gostaríamos de receber uma mensagem individual de consolo.

Pensando que fomos esquecidos pela Divindade, rogamos nos seja concedida uma deferência especial por parte dos benfeitores espirituais.

Todavia, Deus tudo sabe e tudo vê. Nada acontece sem Seu consentimento, basta que depositemos confiança em Suas soberanas Leis.

Todas as coisas, na Terra, passam...

Os dias de dificuldades passarão...

Passarão também os dias de amargura e solidão...

As dores e as lágrimas passarão.

As frustrações que nos fazem chorar... um dia passarão.

A saudade do ser querido que se vai na mão da morte, passará.

Os dias de glórias e triunfos mundanos, em que nos julgamos maiores e melhores que os outros... igualmente passarão.

Essa vaidade interna que nos faz sentir como o centro do Universo, um dia passará.

Dias de tristeza... Dias de felicidade... São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no Espírito imortal as experiências acumuladas.

Se hoje, para nós, é um desses dias repletos de amargura, paremos um instante.

Elevemos o pensamento e busquemos a voz suave da Mãe amorosa a nos dizer carinhosamente: Isso também passará...

E guardemos a certeza, pelas próprias dificuldades já superadas, que não há mal que dure para sempre.

* * *

O planeta Terra, semelhante a enorme embarcação, às vezes parece que vai soçobrar diante da turbulência de gigantescas ondas.

São guerras, interesses mesquinhos, desvalores...

Mas isso também passará, porque Jesus está no leme dessa nau, e segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a agitação faz parte do roteiro evolutivo da Humanidade, e que um dia também passará.

Ele sabe que a Terra chegará a porto seguro porque essa é a sua destinação.

Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos, sem esmorecimento.

E confiemos em Deus, aproveitando cada segundo, cada minuto, que agora, já não é mais o mesmo de quando iniciamos o programa e o de agora, também passará...

Redação do Momento Espírita. Em 27.08.2009.

Fonte: http://www.momento.com.br

Extraído de: http://espirito-de-cura.blogspot.pt

terça-feira, 12 de agosto de 2014

AMOR A DOIS


Numa época, qual a que vivemos, em que o número de separações, divórcios e desvinculações afetivas supera o número dos casamentos, falar a respeito do verdadeiro amor parece ser quase uma loucura.
Mas, possivelmente, por termos esquecido o que ele seja e como deva ser trabalhado, é que as estatísticas se apresentem tão tristes.
Por isso, é bom termos em mente que o amor a dois começa quase sempre numa troca de olhares, em que a tônica mais forte é o brilho intenso, demonstrando a chama interna que aguardou, desde muito, aquele momento.
O amor começa quando se encontra alguém e esse alguém quase nos faz parar o coração por alguns segundos, para depois desandar num ritmo tão acelerado, que nos recorda o tropel de corcéis selvagens em extensa campina.
Os olhos se enchem de lágrimas à simples visão do outro e, tudo que se refere a ele parece ter um toque de magia.
Quando o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar junto chegar a apertar o seu coração, não deixe de agradecer a Deus pelo presente divino. O amor chegou.
Se um dia você tiver que pedir perdão ao seu par por algum motivo e em troca receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos; se os gestos valerem mais que mil palavras, tenha certeza: a chama do amor está bem acesa.
Se, por algum motivo, a tristeza envolver os seus dias, se você tiver um revés e o seu amado sofrer com seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, guarde a certeza de que você poderá contar com ele em qualquer momento de sua vida. Porque ele ama você.
Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas, chinelos de dedo e cabelos emaranhados...
Se, na ausência dela, de olhos fechados, você conseguir senti-la ao seu lado...
Se você ficar ansioso pelo encontro que está marcado à noite, depois de vários anos de consórcio matrimonial...
Se você não consegue se imaginar sem o apoio daquela pessoa a seu lado...
Se você tiver a certeza de que vai ver a outra envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção de que vai continuar querendo e amando...
Se você preferir doar a sua vida, antes de ver a outra partindo...
É o amor que chegou na sua vida. É uma dádiva. É um dom. É uma conquista.
Existem pessoas que se apaixonam muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.
Ou, às vezes o encontram e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem permitir que aconteça na totalidade.
Por isso, viva com atenção. Esteja atento aos sinais. Não deixe que as loucuras do dia a dia o ceguem para o que há de melhor na vida: o amor.
*   *   *
Não se canse de amar e permita-se amar. Cultive o amor a dois, para que ele possa se multiplicar na bênção dos filhos e se ramificar, nos anos da velhice, aconchegando os netos.
Ame todos os dias, mas nunca o demonstre da mesma maneira. Modele gestos, inclua novas atitudes, surpreenda, tempere-o sempre com o sabor de novidade.
E, se tudo isso lhe parecer inusitado, diferente, comece hoje a cultivar o amor a dois, na intimidade do seu lar, para sua e felicidade de seu par, para alegria de seus filhos e consolidação do seu lar.

Redação do Momento Espírita, com base na poesia O amor, de Carlos Drummond de Andrade. Em 8.8.2014.

Loreena McKennith - Seeds of Love

https://www.youtube.com/watch?v=BjlRlr_N0Gs

domingo, 10 de agosto de 2014

CAPAS


"E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se e foi ter com Jesus." - (MARCOS, 10:50.)

O Evangelho de Marcos apresenta interessante notícia sobre a cura de Bartimeu, o cego de Jericó. Para receber a bênção da divina aproximação, lança fora de si a capa, correndo ao encontro do Mestre, alcançando novamente a visão para os olhos apagados e tristes.

Não residirá nesse ato precioso símbolo?

As pessoas humanas exibem no mundo as capas mais diversas. Existem mantos de reis e de mendigos. Há muitos amigos do crime que dão preferência a “capas de santos”. Raros os que não colam ao rosto a máscara da própria conveniência. Alega-se que a luta humana permanece repleta de requisições variadas, que é imprescindível atender à movimentação do século; entretanto, se alguém deseja sinceramente a aproximação de Jesus, para a recepção de benefícios duradouros, lance fora de si a capa do mundo transitório e apresente-se ao Senhor, tal qual é, sem a ruinosa preocupação de manter a pretensa intangibilidade dos títulos efêmeros, sejam os da fortuna material ou os da exagerada noção de sofrimento. A manutenção de falsas aparências, diante do Cristo ou de seus mensageiros, complica a situação de quem necessita. Nada peças ao Senhor com exigências ou alegações descabidas. Despe a tua capa mundana e apresenta-te a Ele, sem mais nem menos.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Caminho, Verdade e Vida'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. 

Extraído de: http://anjo-de-resgate.blogspot.pt

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

UNIÃO ESTÁVEL À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA - Walter José de Carvalho Bezerra


Realmente não existem coincidências. No Universo, a Inteligência Suprema que a tudo e todos dirige, traça um plano individual e coletivo para toda a humanidade, em todos os planos e mundos, conhecidos e desconhecidos dos sentidos limitados dos homens de nosso planeta. Portanto, concordamos em que não existe o "acaso". Também não acreditamos no destino da maneira como tem sido forjado pela mente humana.
Acreditamos no Amor. Acreditamos na Lei de Reprodução, Justiça, Amor e Caridade. Acreditamos que os espíritos, encarnados e desencarnados, se buscam nas multidões deste Universo fantástico e magnífico. Em "O Livro dos Espíritos", na pergunta 386, encontramos: "Podem dois seres que se conheceram e estimaram encontrar-se em outra existência corporal e reconhecer-se?" A resposta dos Espíritos Superiores dada a Allan Kardec foi: "Reconhecer-se não. Podem, porém, sentir-se atraídos um pelo outro. E, freqüentemente, diversa não é a causa de íntimas ligações fundadas em sincera afeição. Os dois seres se aproximam devido a circunstâncias aparentemente fortuitas, mas que na realidade, resultam da atração de dois Espíritos, que se buscam reciprocamente por entre a multidão" (grifos nosso) . Só que, na verdade, podem não ter se conhecido em outras existências, mas são espíritos afins ou por ideais ou por sentimentos ou por necessidades. São espíritos simpáticos. Não podemos esquecer que isto não quer dizer estarem no caminho do bem. Nossos sentimentos, objetivos e idéias podem estar distorcidos, não acompanhando a Lei Divina. Como também podemos dizer: Somos antipáticos àquele grupo. Mas isso acontece porque nossas idéias se contrapõem às deles, por já conhecermos ou recordarmos a Lei de Deus, que está gravada em nossa consciência.Também acreditamos que dois espíritos possam encarnar para um dia se encontrarem e muito se amarem. Existem, sim, conforme citado por Saulo de Tarso do CEPEAK, as uniões, provacionais,sacrificiaisafins e transcendentais. A maioria das uniões são provacionais, onde duas almas se encontram em processo de reajustamento. Daí as desarmonias, a desconfiança, os conflitos.Mas, também, entendemos que o verdadeiro casamento ou união é o casamento ou união de “almas”. Os outros são relações de amizade, ajuda mútua ou mesmo ajuste de contas. A união sacrificial é aquela em que uma alma iluminada se propõe a ajudar uma alma que se atrasou na sua jornada evolutiva. A união afim é aquela que reúne almas esclarecidas que muito se amam. As pessoas sentem como que se já tivessem se encontrado antes. E o amor é profundo, em paz e harmonia. A união transcendente é aquela de almas engrandecidas no bem que se reencontram no plano físico para grandes realizações. Não importam, nestes casos (afins e transcendência), as diferenças culturais ou sociais. Ao longo de nossa existência e trabalho na Seara Espírita e dedicação a estudos e pesquisas, seja no espiritismo experimental, filosofia ou religião, chegamos também a conclusão que, a medida em que o homem evolui do Reino Hominal para o Reino Espiritual, sem hipocrisia, como nos alerta o Prof. José Herculano Pires, e agindo de acordo com as Leis Divinas (Leis Naturais), mesmo as pessoas casando-se mais de uma vez, para o plano maior o que vale é o casamento de almas, ou seja, a combinação vibratória de dois seres (humanos) que se amam.
Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, não punirá seus filhos por muito amarem ou se reencontrarem em alguma destas novas viagens, mesmo quando as condições dos homens, na atualidade, com suas Leis Sociais adequadas apenas à sua ânsia de poder, sejam as mais adversas possíveis.
O que se condena são os excessos, a promiscuidade, as desculpas de que agora se encontrou a “alma gêmea” para se cometer abusos e enganar os incautos. O que a Doutrina Espírita, enquanto moral cristã, apregoa é a paciência, tolerância, abnegação, resignação, fraternidade, ajuda aos nossos semelhantes e em especial aos nossos parceiros de labuta diária, especialmente se temos filhos, presentes de Deus que temos sob nossa responsabilidade de educar e formar para o porvir.
Acreditamos que o matrimônio ou união estável verdadeiramente só se realiza com acerto e em virtude de mútua simpatia. Assim, com afinidade e transcendência, será uma união perfeita e inseparável, um laço forte que prenderá os casais pela eternidade afora.
Sabemos que nos tempos antigos a existência de muitos filhos era considerada uma grande riqueza. As mulheres estéreis eram, por sua vez, perseguidas. Daí Móises ter consentido na “carta de divórcio”. O Homem-Jesus objetivando coibir esse abuso procurou remediar e disse: “Eu, porém vos digo que aquele que repudiar sua mulher a não ser por motivo de adultério e casar com outra, comete adultério; assim como aquele que casar com uma mulher repudiada, também comete adultério”.
Ora, para Deus nada valem os corpos; só os Espíritos valem. Entendemos, então, que a união do homem e da mulher será então ao mesmo tempo a união de dois corpos para a reprodução, todavia determinada por poderosa e irresistível simpatia, uma aliança que se efetive para sustentação e apoio mútuos, no desempenho dos encargos da existência, dos sofrimentos e dos infortúnios, na inteligência de Faride Moutran do FEEU de Porto Alegre.
Concluímos que o matrimônio e/ou a União Estável de dois seres que se amam, realizados com amor sublime, puro e verdadeiro, com base nas grandes famílias espirituais das quais fazemos parte, será uma união indissolúvel de dois espíritos em cumprimento às palavras do Divino Mestre: “Já não são dois, mas uma só carne; não separe o homem o que Deus uniu”.
Que Deus abençoe todas as uniões realizadas com pureza d’alma, com simpatia plena, sem provocar dores e sofrimentos e, com profundo respeito aos que não continuarão conosco as jornadas ainda a serem trilhadas.
Somos, em fim, uma grande família e irmãos em Cristo, filhos do mesmo Pai, e, portanto, evitemos os ódios e rancores que provocam as separações traumatizantes, evitemos o desprezo de nossos filhos e, por fim, evitemos os desgostos dos familiares carnais, para que não construamos novos débitos na contabilidade divina.
Conclamamos todos os irmãos a agirem com equilíbrio e sabedoria na constituição de suas uniões, seja pelo matrimônio, seja àquelas denominadas estáveis, seja na manutenção das antigas uniões, seja na constituição de novas famílias, a partir de famílias pré-existentes. Mas, não olvidemos jamais que o homem está neste globo terrestre para crescer e se desenvolver espiritualmente, para ser feliz, e neste contexto a família, pelo matrimônio e/ou união estável é o pilar, o sustentáculo para evolução da humanidade.

Fontes:
  • O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec – Ed. FEB.- 109ª Edição, 1994.
  • O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Ed. IDE, 119ª Edição, 1998.
  • Curso Dinâmico de Espiritismo – O grande desconhecido – José Herculano Pires - Ed. Paidéia – 2ª Edição, 1982.
  • Bíblia Sagrada – Edição Missionária – Tradução de João Ferreira de Almeida Atualizada no Brasil, 2ª Edição, São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.
  • Jornal do CEPEAK – MAI/JUN –2002 –Tipos de Casamento e a Sociedade Pág. 8 - Artigo de Saulo de Tarso.
  • Imitação do Evangelho – FEEU – 1ª Ed. Julho 1976 – Faride Moutran – Prefácio de Edgard Armond em 24.12.1971 e com brilhante Parecer do Prof. J. Herculano Pires, em 2.03.1972.

✿❤✿ Michel Pépé - Elixir d'Amour - Retrouvailles
https://www.youtube.com/watch?v=pkWpsNffVi4

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

DINHEIRO

"Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e, nessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." - Paulo. (I TIMÓTIO, 6:10.)

Paulo não nos diz que o dinheiro, em si mesmo, seja flagelo para a Humanidade.
Várias vezes, vemos o Mestre em contacto com o assunto, contribuindo para que a nossa compreensão se dilate. Recebendo certos alvitres do povo que lhe apresenta determinada moeda da época, com a efígie do imperador romano, recomenda que o homem dê a César o que é de César, exemplificando o respeito às convenções construtivas. Numa de suas mais lindas parábolas, emprega o símbolo de uma dracma perdida. Nos movimentos do Templo, aprecia o óbolo pequenino da viúva.
O dinheiro não significa um mal. Todavia, o apóstolo dos gentios nos esclarece que o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males. O homem não pode ser condenado pelas suas expressões financeiras, mas, sim, pelo mão uso de semelhantes recursos materiais, porquanto é pela obsessão da posse que o orgulho e a ociosidade, dois fantasmas do infortúnio humano, se instalam nas almas, compelindo-as a desvios da luz eterna.
O dinheiro que te vem às mãos, pelos caminhos retos, que só a tua consciência pode analisar à claridade divina, é um amigo que te busca a orientação sadia e o conselho humanitário. Responderás a Deus pelas diretrizes que lhes deres e ai de ti se materializares essa força benéfica no sombrio edifício da iniquidade!
Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Caminho, Verdade e Vida'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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