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A Doutrina Espírita nos convida ao estudo; mas alerta-nos que sem Obras nunca seremos verdadeiramente ESPÍRITAS.

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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ESCREVER NA TERRA



"E, tornando a inclinar, escrevia na terra." - João 8:8

Quanta gente não abusará dos recursos da escrita, para veicular imposições e difundir enganos na Terra?

Quantos espíritos, mesmo desencarnados, valem-se dessa oportunidade para atender a venenosos caprichos individuais?

Aqui, escreve-se para a consecução de determinados objetivos inferiores; além, aproveitam-se publicações para o mercado de propósitos subalternos.

Quantas vezes nós mesmos teremos movimentado o jornal ou o livro, pretendendo impor nossa interpretação individual?

Quem escreve precisará lutar contra numerosos monstros que ameaçam o espírito.

É indispensável guardar-se todos os dias.

E, nessa vigilância justa, será razoável lembrar a posição de Jesus, que não nos deixou livros ou pergaminhos, legando-nos, apesar disso, os tesouros da vida imperecível.

Importa, considerar, no entanto, que o Mestre Divino escreveu na terra.

Nunca encontraste o simbolismo profundo desse gesto de Cristo?

Quem poderá passar no Planeta sem grafar alguma coisa nos caminhos do mundo?

Nem todo homem gravará páginas, mas todos escreverão na terra a história de sua passagem comum.

No campo, traçará leiras, plantará árvores, modificará paisagens; nas cidades, construirá oficinas, instituirá universidades, levantará edifícios.

A Terra é o grande livro que o Senhor nos deu aos serviços de formação espiritual.

Ainda que não percebas, estás escrevendo diariamente.

Se já não és criança de entendimento frágil, se já tens o contato do Cristo, não te descuidas da escrita diária.

Vê o que gravas nas páginas da vida.

Tuas mãos e atitudes gravam sempre, a todo minuto, com as tintas luminosas ou escuras do coração.

A terra está registrando o que fazes. Não manches o livro que o Pai nos confiou.

Livro: Plantão da Paz
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

SOCORRO E BENEVOLÊNCIA



Socorro e benevolência!...


Curioso examinar como é fácil seguir o caminho da caridade até o meio; tão fácil que o princípio dele é acessível a qualquer um. Isso, porque, se o início das boas obras pode realizar-se através de impressões externas, a complementação deve ser feita no cerne da vida íntima.


Mobilizaremos recursos materiais, diminuindo o infortúnio de companheiros que a penúria vergasta; no entanto, a fim de aprendermos as lições da bondade, é forçoso lhes saibamos doar, tanto quanto possível, esforço e presença pessoal, na solução dos problemas que lhes digam respeito.


Partilharemos dissabores e aflições dos vizinhos, especialmente quando a própria tranqüilidade nos permita articular bons conselhos, mas, para que o nosso testemunho de fraternidade seja completo, cabe-nos regozijar-nos sinceramente quando se mostram felizes, sem qualquer necessidade de nosso auxílio.


Estimaremos a prestação de gentileza às pessoas que se nos façam atraentes pela humildade que evidenciem; contudo, é forçoso sustentar o mesmo concurso afetivo junto daqueles que a revolta e a obsessão nos apresentem como sendo criaturas menos simpáticas.


Alegrar-nos-emos com as tarefas da assistência social quando vantagens diversas nos assegurem euforia do corpo e alma; entretanto, para demonstrarmos compreensão de solidariedade real, é preciso saber olvidar enxaqueca e desgosto, a fim de sorrir encorajando os irmãos em lides expiatórias.


Caridade, indiscutivelmente, é a senda do amor; contudo, para alcançar a vitória espiritual a que ela nos guia, é necessário trilhá-la dos júbilos do começo às dificuldades do fim.



Livro: Encontro Marcado

Emmanuel & Francisco Cândido Xavier


sábado, 22 de outubro de 2011

SEM DESÂNIMO



    Hoje, sofreste o espinho da angústa, entretanto, ainda ontem, teu coração agasalhou alegrias verdadeiras.


    Hoje, suportaste o peso do fracasso, todavia, ainda ontem, expressivas vitórias coroaram-te a fronte.


    Hoje, semeaste a incompreensão, contudo, ainda ontem, pronunciaste palavras de entendimento a alguém que sofria.


    Hoje, magoaste o companheiro com a palavra ríspida, no entanto, ainda ontem, abraçaste com carinho o amigo em provação.


    Se hoje te encontras vencido pela amargura, porque falaste ou agiste impensadamente, recorda que,ainda ontem,pudeste ser o veículo da paz e da esperança,da paciência e do bem, na certeza de que acertos e erros,ajustes e desajustes são constantemente lições oportunas na escola da evolução.


    Hoje, lutamos. Amanhã, venceremos.


    Sempre e sem desânimo.


    André Luiz & Francisco Cândido Xavier


    Fonte: http://mensagemdeluz.kit.net/

terça-feira, 18 de outubro de 2011

TEMPOS DE VALORIZAÇÃO DA VIDA



Quaisquer que sejam as providências tomadas para elucidar a alma humana, no sentido de se promover os cuidados para com a vida, valorizando-a como deve ser, esbarraremos numa muralha intelectual e num vazio moral instigados pela influência das teses materialistas-ateístas que se insurgem no seio das sociedades.

Não deveremos desconsiderar a força dos projetos de vida imediatistas que se costumam alimentar no anseio tipicamente humano de desenvolver poucos empenhos, ou de usufruir situações mais confortáveis e de tirar todos os proveitos possíveis dos recursos do Planeta, sem que se tenha muito o que ressarcir, o que realizar, em prol desse bem-estar anelado. Enfim, é a teoria do proveito pleno e sem ônus para os beneficiários.

Tais posturas são regidas pelo egoísmo, remanescente do instinto de conservação, que tem nos reinos inferiores à Humanidade a sua fonte geradora. É o egoísmo que faz dilatar essa desenfreada busca do prazer hedonista, do gozo insaciável e gratuito sem qualquer reflexão relativa às conseqüências desses privilégios.

Não estranhemos que semelhantes condutas estejam entranhadas e muitas vezes sustentadas por criaturas que se apresentam como religiosas, como crentes em Deus, ou como lideranças nos campos das instituições de fé ditas cristãs.

O que se passa é que muitos Espíritos hão chegado ao Planeta, nos dias presentes, trazendo responsabilidades assumidas na Imortalidade, nos campos do bem, da renovação espiritual e dos progressos inerentes à alma eterna. Ao se sentirem bem instalados no conforto do corpo físico, valendo-se das possibilidades socioeconômicas de realce ou quando se adornam com os poderes da política terrena, deslustram esses compromissos – que lhes são recordados durante as horas de desdobramentos naturais pelo sono – e mergulham em atuações ególatras discricionárias, absolutistas, sem qualquer pensamento que se volte para o Criador da Vida e Suas leis registradas em nossa consciência.


É indispensável que estejamos atentos para as instruções trazidas pelas Vozes dos Céus, no cerne da Codificação do Espiritismo, concernentes ao poder nefário do egoísmo que se reproduz nas mais várias instituições do mundo, seja no seio da família, da escola, das igrejas ou das oficinas profissionais, fenômeno que só será batido, transformado ou superado por meio de ingente trabalho da educação.

Impraticável conseguir-se o entendimento, por parte das massas terrenas, de questões magnas para a vida como é a do abortamento, da pena de morte, da eutanásia, da fome, dos descalabros antiéticos, sem que os indivíduos tenham, devidamente amadurecida, a consciência de si mesmos como Espíritos imortais e que, por isso mesmo, responsáveis pela sementeira que realizam no solo planetário.

O Espiritismo é chamado agora, por meio do labor dos espíritas, a cooperar em todos os movimentos sociais que enaltecem a vida e todos os elementos a ela vinculados, no campo das providências imediatistas, nas respostas que precisam ser dadas às comunidades, sem qualquer dúvida.

Entretanto, pela força filosófica da Doutrina Espírita, não podem os espiritistas perder de vista o seu caráter educacional, trabalho que é capaz de modificar as disposições morais dos seres, mudando o modus vivendi do homem, proposta que permitirá lancemos na correnteza social criaturas bem formadas, participantes da aristocracia intelecto-moral a que se referiu o ínclito Codificador Allan Kardec, na esteira das suas formosas reflexões acerca dos grupos de governança terrestre.

O que presenciamos, por enquanto, é um formidável embate entre as vozes que projetam luz sobre as mentes, sobre as almas e aquelas que gritam suas alucinadoras propostas de destruição e de morte, testemunhado pelo covarde silêncio de muitos indivíduos que, se conseguem cantar e prestigiar as verdades espirituais em grupo, no conjunto dos confrades do bem, calam-se e omitem-se toda vez que se defrontam com o ensejo de dar seu testemunho da verdade, amedrontados muitas vezes pelo temor do achincalhe ou das desconsiderações de que possam ser alvos.

Estamos convocados pelos Porta-Vozes de Jesus Cristo, que atuam nos altos serviços de espiritualização das idéias no mundo, a dar nosso contributo, a nossa palavra consistente, calcada nos princípios do venerando Espiritismo, sem arrogância, sem presunção e sem medo.

Contudo, somos chamados a dar o nosso testemunho de lucidez, de fortaleza moral e de fraternidade, a fim de que o processo educacional que o Espiritismo apresenta, muito além de receber o reforço na nossa teoria, possa contar com o vigor da vivenciação dos espíritas no meio social.

Estamos nos tempos de exercitar a própria coragem e a boa disposição, nessa audácia que fez com que os primitivos cristãos descessem aos circos tão logo ressoou na voz do Cristo a palavra Amor.

Destemidamente, cabe-nos avançar conjugando os possíveis esforços para que, perante tanto desapreço pela vida humana, atuemos no campo da feliz educação, amparada pela ética do amor a Deus acima de tudo e ao próximo, como a nós mesmos, engolfados pela moral de prestar os indispensáveis serviços em prol da dissolução gradativa do egoísmo, da espiritualização das idéias e do aprofundamento das reflexões em torno da lei de causalidade, do que nenhum de nós estará indene.

A valorização da vida do corpo não pode prescindir do apoio à cultura da alma, da estima que se viva quanto às realidades do Espírito imortal.

Camilo

Mensagem psicografada pelo médium José Raul Teixeira, em 10 de novembro de 2007, na Reunião Ordinária do Conselho Federativo Nacional, da Federação Espírita Brasileira, realizada em Brasília, DF.

Fonte: http://www.seal.org.br/

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A TRISTEZA



Em muitas ocasiões, você pensa que a grande tristeza jaz nos momentos em que os caprichos e desejos desatendidos remexem sua intimidade, fazendo-lhe sofrer. De outro modo, admitirá que seja de amara tristeza a ausência física de alguém que demandou a Eternidade, a quem dedicava afeto, ou, ainda, o desastre econômico que lhe haja atingido, baqueando-lhe a marcha dos empreendimentos materiais.

Realmente, esses motivos ponderáveis para o seu entristecimento, vergastando-lhe as experiências, deixando-lhe marcas de demorada recomposição, muitas vezes. Não obstante, sempre defrontamos situações que impõem maior gama de amargores, entristecendo as horas nossas no mundo, quando podemos:

servir ao bem, e desservimo-lo;

oferecer, e retiramos;

apresentar a palavra harmoniosa que constrói e renova, e profanamos o dom de falar, com expressões agressivas que perturbam;

amar, e nos detemos nas farpas odientas;

compreender, e tornamo-nos cruéis na incompreensão;

caminhar à frente, e fixamo-nos na retaguarda do atraso.

Não padece de dúvida o fato de que acharemos diversas ocorrências nas quais o ser humano, nas atividades terrenas, sentir-se-á infeliz, como se o mundo lhe houvesse ruído sob os pés. Porém, você bem consegue perceber que a maior tristeza que pode se abater sobre uma criatura, torturando-a, fomentando desditas para o espírito, é o mau aproveitamento doas oportunidade que lhe concede o Criador, para evoluir e brilhar.

Medite sobre isso e plasme alegrias de que carece, nos enobrecedores serviços do amor.

Livro: Rosângela
Rosângela & J. Raul Teixeira

NOSSO LAR CAPC EM BUSCA DA CURA - 1/3

Descrição:


Núcleo Espírita Nosso Lar e Centro de Apoio ao Paciente com Câncer em São José Florianópolis SC.


Informação: www.nenossolar.com.br



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

ESTÁS DOENTE?




"E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará ". (Tiago, 5:15).

Todas as criaturas humanas adoecem, todavia, sao raros aqueles que cogitam de cura real.

Se te encontras enfermo, nao acredites que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente.

O comprimido ajuda, a infecção melhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração.

A mente é fonte criadora.

A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas.

De que vale a medicação exterior, se prossegues triste, acabrunhado ou insubmisso?

De outras vezes, pedes o socorro de médicos humanos ou de benfeitores espirituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras, abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram à enfermidade.

Como regenerar a saúde, se perdes longas horas na posição da cólera ou do desânimo? A indignação rara, quando justa e construtiva no interesse geral, é sempre um bem, quando sabemos orientá-la em serviços de elevação; contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de conseqüências imprevisíveis.

O desalento, por sua vez, é clima anestesiante, que entorpece e destrói.

E que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversação infrutífera, extinguindo as tuas forças?

Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico, se nao sabes calar, nem desculpar, se nao ajudas, nem compreendes, se nao te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonias com os homens?

Por mais se apressem socorristas da Terra e do Plano Espiritual, em teu favor, devoras as próprias energias, vítima imprevidente do suicídio indireto.

Se estás doente, meu amigo, acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para a Grande Mudança.

Desapega-te de bens transitórios que te foram emprestados pelo Poder Divino, de acordo com a Lei do Uso, e lembra-te de que serás, agora ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encontramos sempre a própria consciência.

Foge à brutalidade.

Enriquece os teus fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno.

Busca a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e pela meditação.

Nao manches teu caminho.

Serve sempre.

Trabalha na extensao do bem.

Guarda lealdade ao ideal superior que te ilumina o coração e permanece convicto de que se cultivas a oração da fé viva, em todos os teus passos, aqui ou além, o Senhor te levantará.

Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

PERSEGUIDOS




Batido no ideal de bem fazer, desculpa e avança à frente.

Açoitado no coração, enxuga as lágrimas e segue adiante.

A indulgência é a vitória da vítima e o olvido de todo mal é a resposta do justo.

Acúleos despontam no corpo da haste verde, mas a rosa, em silêncio, floresce, triunfante, por cima deles, enviando perfume ao céu.

Sombras da noite envolvem a paisagem terrestre na escuridão do nadir; todavia, o Sol, sem palavras, expulsa as trevas, cada manhã, recuperando-a para a alegria da luz.

Lembra-te dos perseguidos sem causa, que se refugiaram na paz da consciência, em todas as épocas.

Sócrates bebe a cicuta que lhe impõem à boca; entretanto, ergue-se à culminância da filosofia.

Estevão morre sob pedradas, abrindo caminho a três séculos de flagelação contra o Cristianismo nascente; contudo, faz-se o padrão do heroísmo e da resistência dos mártires que transformam o mundo.

Gutemberg é processado como devedor relapso, mas cria a imprensa, desfazendo o nevoeiro medieval.

Jan Hus é queimado vivo, mas imprime novos rumos à fé.

Colombo expira abandonado numa enxerga em Valladolid; no entanto, levanta-se, para sempre, na memória da América.

Galileu, preso e humilhado, desvenda ao homem nova contemplação do Universo.

Lutero, vilipendiado, ressuscita a letra do Evangelho.

Giordano Bruno, atravessando pavoroso suplício, traça mais altos rumos ao pensamento.

Lincoln tomba assassinado, mas extingue o cativeiro no clima de sua pátria.

Pasteur é ironizado pela maioria de seus contemporâneos; no entanto, renova os métodos da ciência e converte-se em benfeitor de todos os povos.

E, ainda ontem, Gandhi cai sob golpe homicida, mas consagra o princípio de não-violência.

Entre os perseguidores, contam-se os obsidiados, os intemperantes, os depravados, os infelizes, os caluniadores, os calculistas e os criminosos, que descem pelas torrentes do remorso para a necessária refundição mental nos alambiques do tempo, mas, entre os perseguidos sem razão, enumeram-se quase todos aqueles que lançam nova luz sobre as rotas da vida.

É por isso que Jesus, o Divino Governador da Terra, preferiu alinhar-se entre os escarnecidos e injuriados, aceitando a morte na cruz, de maneira a estender a glória do amor puro e a força do perdão, para que se aprimore a Humanidade inteira.

Livro: Religião dos Espíritos
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

DIAS DE SOMBRA




Coincidentemente, há dias que se caracterizam pela sucessão de ocorrências desagradáveis. Nada parece dar certo. Todas as atividades se confundem, e os fatos se apresentam deprimentes, perturbadores. a cada nova tentativa de ação, outros insucessos ocorrem, como se os fenômenos naturais transcorressem de forma contrária.

Nessas ocasiões as contrariedades aumentam, e o pessimismo se instala nas mentes e na emoção, levando-as a lembranças negativas com presságios deprimentes.

Quem lhe padece a injunção tende ao desânimo, e refugia-se em padrões psicológicos de auto-aflição, de infelicidade, de desprezo por si mesmo.

Sente-se sitiado por forças descomunais, contra as quais não pode lutar, deixando-se arrastar pelas correntes contrárias, envenenando-se com o mau humor.

São esses, dias de provas, e não para desencanto; de desafio, e não para a cessação do esforço.

Quando recrudescem as dificuldades, maior deve ser o investimento de energias, e mais cuidadosa a aplicação do valor moral na batalha.

Desistindo-se sem lutar, mais rápido se dá o fracasso, e quando se vai ao enfrentamento com idéias de perda, parte do labor já está perdido.

Nesses dias sombrios, que acontecem periodicamente, e às vezes se tornam contínuos, vigia mais e reflexiona com cuidado.

Um insucesso é normal, ou mesmo mais de um, num campo de variadas atividades. Todavia, a intérmina sucessão deles pode ter gênese em fatores espirituais perniciosos, cujas personagens se interessam em prejudicar-te, abrindo espaços mentais e emocionais para intercâmbio nefasto contigo, de caráter obsessivo.

Quanto mais te irritares e te entregares à depressão, mais forte se te fará o cerco e mais ocorrências infelizes tomarão forma.

Não te debatas até a exaustão, nadando contra a correnteza. Vence-lhe o fluxo, contornando a direção das águas velozes.

Há mentes espirituais maldosas, que te acompanham, interessadas no teu fracasso.

Reage-lhes à insídia mediante a oração, o pensamento otimista, a irrestrita confiança em Deus.

Rompe o moto-contínuo dos desacertos, mudando de paisagem mental, de forma que não vitalizes o agente perturbador.

Ouve uma música enriquecedora, que te leve a reminiscências agradáveis ou a planificações animadoras.

Lê uma página edificante do Evangelho ou de outra Obra de conteúdo nobre, a fim de te renovares emocionalmente.

Afasta-te do bulício e repousa; contempla uma região que te arranque do estado desanimador.

Pensa no teu futuro ditoso, que te aguarda.

Eleva-te a Deus com unção e romperás as cadeias da aflição.

Há sempre Sol brilhando além das nuvens sombrias, e, quando ele é colocado no mundo íntimo, nenhuma ameaça de trevas consegue apagar-lhe, ou sequer diminuir-lhe a intensidade da luz. Segue-lhe a claridade e vence o teu dia de insucessos, confiante e tranqüilo.

Livro: Momentos de Saúde
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

LIBERTAÇÃO DE CONSCIÊNCIA



    Não aguardemos que o aplauso do mundo coroe as nossas expectativas.

    Não esperemos que as alegrias nos adornem de louros ou que uma coroa de luz desça sobre a nossa cabeça, vestindo-nos de festa.

    Quem elegeu Jesus, não pode ignorar a cruz da renúncia.

    Quem O busca, não pode desdenhar a estrada áspera do Gólgota.

    Quem com Ele se afina, não pode esquecer que, Sol de primeira grandeza como é, desceu à sombra da noite, para ser o porto de segurança luminosa, no qual atracaremos a barca de nosso destino.

    Jesus é o nosso máximo ideal humano, Modelo e Guia seguro.

    Aquele que travou contato com a Sua palavra nunca mais O esquece.

    Quem com Ele se identifica, perdeu o direito à opção, porque a sua, passa a tornar-se a opção dEle, sem o que, a vida não tem sentido.

    * * *

    Não é esta a primeira vez que nos identificamos com o Seu verbo libertador.

    Abandoná-lo é infidelidade, que O troca pelos ouropéis e utopias do mundo, de breve duração.

    Não é esta a nossa experiência única no santuário da fé, que abraçamos desde a treva medieval, erguendo monumentos ao prazer, distantes da convivência com a dor.

    Voltamos à mesma grei, para podermos, com o Pensamento Divino vibrando em nós, lograr uma perfeita identificação.

    Lucigênitos, procedemos do Divino Foco, para o qual marchamos.

    Seja, pois, a nossa caminhada assinalada pelas pegadas de claridade na Terra, a fim de que, aquele que venha após os nossos passos, encontre as setas apontando o caminho.

    Jesus não nos prometeu os júbilos vazios dos tóxicos da ilusão. Não nos brindou com promessas vãs, que nos destacassem no cenário transitório da Terra. Antes, asseverou, que verteríamos o pranto que precede à plenitude, e teríamos a tristeza e a solidão que antecedem à glória solar.

    Não seja, pois, de surpreender que, muitas vezes, a dificuldade e o opróbrio, o problema e a solidão caracterizem a nossa marcha. Não seja de surpreender, portanto, que nos vejamos em solidão com Ele, já que as Suas, serão as mãos que nos enxugarão o pranto, enquanto nos dirá, suavemente: Aqui estou!

    Perseveremos juntos, cantando o hino da alegria plena na ação que liberta consciências, na atividade que nos irmana e no amor que nos felicita.

    Livro: Momentos Enriquecedores
    Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

NOS MOMENTOS GRAVES


Nos Momentos Graves

Livro: Agenda Cristã
André Luiz & Francisco Cândido Xavier

Use calma.

A vida pode ser um bom estado de luta, mas o estado de guerra nunca será uma vida boa.

* * * * *

Não delibere apressadamente.

As circunstâncias, filhas dos Desígnios Superiores, modificam-nos a experiência, de minuto a minuto.

Evite lágrimas inoportunas.

O pranto pode complicar os enigmas ao invés de resolvê-los.

Se você errou desastradamente, não se precipite no desespero.

O reerguimento é a melhor medida para aquele que cai.

Tenha paciência.

Se você não chega a dominar-se, debalde buscará o entendimento de quem não o compreende ainda.

Se a questão é excessivamente complexa, espere mais um dia ou mais uma semana, a fim de solucioná-la. O tempo não passa em vão.

A pretexto de defender alguém, não penetre o círculo barulhento. Há pessoas que fazem muito ruído por simples questão de gosto.

Seja comedido nas resoluções e atitudes.

Nos instantes graves, nossa realidade espiritual é mais visível.

Em qualquer apreciação, alusiva a segundas e terceiras pessoas, tenha cuidado.

Em outras ocasiões, outras pessoas serão chamadas a fim de se referirem a você.

Em hora alguma proclame seus méritos individuais, porque qualquer qualidade excelente é muito problemática no quadro de nossas aquisições.

Lembre-se de que a virtude não é uma voz que fala, e, sim, um poder que irradia.

Fonte: http://www.mensagemdeluz.kit.net/

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