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A Doutrina Espírita nos convida ao estudo; mas alerta-nos que sem Obras nunca seremos verdadeiramente ESPÍRITAS.

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quarta-feira, 3 de novembro de 2021

AÇÃO DA PRECE - TRANSMISSÃO DO PENSAMENTO


A prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige. Pode ter por objeto um pedido, um agradecimento, ou uma glorificação. Podemos orar por nós mesmos ou por outrem, pelos vivos ou pelos mortos. As preces feitas a Deus escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução de suas vontades; as que se dirigem aos bons Espíritos são reportadas a Deus. Quando alguém ora a outros seres que não a Deus, fá-lo recorrendo a intermediários, a intercessores, porquanto nada sucede sem a vontade de Deus.

O Espiritismo torna compreensível a ação da prece, explicando o modo de transmissão do pensamento, quer no caso em que o ser a quem oramos acuda ao nosso apelo, quer no em que apenas lhe chegue o nosso pensamento. Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som.

A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. E assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações, que relações se estabelecem a distância entre encarnados.

Essa explicação vai, sobretudo, com vistas aos que não compreendem a utilidade da prece puramente mística. Não tem por fim materializar a prece, mas tornar-lhe inteligíveis os efeitos, mostrando que pode exercer ação direta e efetiva. Nem por isso deixa essa ação de estar subordinada à vontade de Deus, juiz supremo em todas as coisas, único apto a torná-la eficaz.

Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentálo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe idéias sãs. Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas. Um homem, por exemplo, vê arruinada a sua saúde, em consequência de excessos a que se entregou, e arrasta, até o termo de seus dias, uma vida de sofrimento: terá ele o direito de queixar-se, se não obtiver a cura que deseja? Não, pois que houvera podido encontrar na prece a força de resistir às tentações.

Se em duas partes se dividirem os males da vida, uma constituída dos que o homem não pode evitar e a outra das tribulações de que ele se constituiu a causa primária, pela sua incúria ou por seus excessos (cap. V, nº 4), ver-se-á que a segunda, em quantidade, excede de muito à primeira. Faz-se, portanto, evidente que o homem é o autor da maior parte das suas aflições, às quais se pouparia, se sempre obrasse com sabedoria e prudência.

Não menos certo é que todas essas misérias resultam das nossas infrações às leis de Deus e que, se as observássemos pontualmente, seríamos inteiramente ditosos. Se não ultrapassássemos o limite do necessário, na satisfação das nossas necessidades, não apanharíamos as enfermidades que resultam dos excessos, nem experimentaríamos as vicissitudes que as doenças acarretam. Se puséssemos freio à nossa ambição, não teríamos de temer a ruína; se não quiséssemos subir mais alto do que podemos, não teríamos de recear a queda; se fôssemos humildes, não sofreríamos as decepções do orgulho abatido; se praticássemos a lei de caridade, não seríamos maldizentes, nem invejosos, nem ciosos, e evitaríamos as disputas e dissensões; se mal a ninguém fizéssemos, não houvéramos de temer as vinganças, etc.

Admitamos que o homem nada possa com relação aos outros males; que toda prece lhe seja inútil para livrar-se deles; já não seria muito o ter a possibilidade de ficar isento de todos os que decorrem da sua maneira de proceder? Ora, aqui, facilmente se concebe a ação da prece, visto ter por efeito atrair a salutar inspiração dos Espíritos bons, granjear deles força para resistir aos maus pensamentos, cuja realização nos pode ser funesta. Nesse caso, o que eles fazem não é afastar de nós o mal, porém, sim, desviar-nos a nós do mau pensamento que nos pode causar dano; eles em nada obstam ao cumprimento dos decretos de Deus, nem suspendem o curso das leis da Natureza; apenas evitam que as infrinjamos, dirigindo o nosso livre-arbítrio. Agem, contudo, à nossa revelia, de maneira imperceptível, para nos não subjugar a vontade. O homem se acha então na posição de um que solicita bons conselhos e os põe em prática, mas conservando a liberdade de segui-los, ou não. Quer Deus que seja assim, para que aquele tenha a responsabilidade dos seus atos e o mérito da escolha entre o bem e o mal. E isso o que o homem pode estar sempre certo de receber, se o pedir com fervor, sendo, pois, a isso que se podem sobretudo aplicar estas palavras: "Pedi e obtereis."

Mesmo com sua eficácia reduzida a essas proporções, já não traria a prece resultados imensos? Ao Espiritismo fora reservado provar-nos a sua ação, com o nos revelar as relações existentes entre o mundo corpóreo e o mundo espiritual. Os efeitos da prece, porém, não se limitam aos que vimos de apontar.

Recomendam-na todos os Espíritos. Renunciar alguém à prece é negar a bondade de Deus; é recusar, para si, a sua assistência e, para com os outros, abrir mão do bem que lhes pode fazer.

Acedendo ao pedido que se lhe faz, Deus muitas vezes objetiva recompensar a intenção, o devotamento e a fé daquele que ora. Daí decorre que a prece do homem de bem tem mais merecimento aos olhos de Deus e sempre mais eficácia, porquanto o homem vicioso e mau não pode orar com o fervor e a confiança que somente nascem do sentimento da verdadeira piedade. Do coração do egoísta, do daquele que apenas de lábios ora, unicamente saem palavras, nunca os ímpetos de caridade que dão à prece todo o seu poder. Tão claramente isso se compreende que, por um movimento instintivo, quem se quer recomendar às preces de outrem fá-lo de preferência às daqueles cujo proceder, sente-se, há de ser mais agradável a Deus, pois que são mais prontamente ouvidos.

Por exercer a prece uma como ação magnética, poder-se-ia supor que o seu efeito depende da força fluídica. Assim, entretanto, não é. Exercendo sobre os homens essa ação, os Espíritos, em sendo preciso, suprem a insuficiência daquele que ora, ou agindo diretamente em seu nome, ou dando-lhe momentaneamente uma força excepcional, quando o julgam digno dessa graça, ou que ela lhe pode ser proveitosa.

O homem que não se considere suficientemente bom para exercer salutar influencia, não deve por isso abster-se de orar a bem de outrem, com a idéia de que não é digno de ser escutado. A consciência da sua inferioridade constitui uma prova de humildade, grata sempre a Deus, que leva em conta a intenção caridosa que o anima. Seu fervor e sua confiança são um primeiro passo para a sua conversão ao bem, conversão que os Espíritos bons se sentem ditosos em incentivar. Repelida só o é a prece do orgulhoso que deposita fé no seu poder e nos seus merecimentos e acredita ser-lhe possível sobrepor-se à vontade do Eterno.

Está no pensamento o poder da prece, que por nada depende nem das palavras, nem do lugar, nem do momento em que seja feita. Pode-se, portanto, orar em toda parte e a qualquer hora, a sós ou em comum. A influência do lugar ou do tempo só se faz sentir nas circunstâncias que favoreçam o recolhimento. A prece em comum tem ação mais poderosa, quando todos os que oram se associam de coração a um mesmo pensamento e colimam o mesmo objetivo, porquanto é como se muitos clamassem juntos e em uníssono. Mas, que importa seja grande o número de pessoas reunidas para orar, se cada uma atua isoladamente e por conta própria?! Cem pessoas juntas podem orar como egoístas, enquanto duas ou três, ligadas por uma mesma aspiração, orarão quais verdadeiros irmãos em Deus, e mais força terá a prece que lhe dirijam do que a das cem outras. (Cap. XXVIII, nº 4 e nº 5.)

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 27. Itens 9 a 15. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet.org.br.

Fonte: http://www.reflexoesespiritas.org

Extraído de: https://espirito-de-cura.blogspot.com

sábado, 23 de outubro de 2021

JOIO

"Deixai crescer ambos juntos até à ceifa e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio e atai-o em molhos para o queimar." - Jesus. (MATEUS, 13:30.)


Quando Jesus recomendou o crescimento simultâneo do joio e do trigo, não quis senão demonstrar a sublime tolerância celeste, no quadro das experiências da vida.

O Mestre nunca subtraiu as oportunidades de crescimento e santificação do homem e, nesse sentido, o próprio mal, oriundo das paixões menos dignas, é pacientemente examinado por seu infinito amor, sem ser destruído de pronto.

Importa considerar, portanto, que o joio não cresce por relaxamento do Lavrador Divino, mas sim porque o otimismo do Celeste Semeador nunca perde a esperança na vitória final do bem.

O campo do Cristo é região de atividade incessante e intensa. Tarefas espantosas mobilizam falanges heróicas; contudo, apesar da dedicação e da vigilância dos trabalhadores, o joio surge, ameaçando o serviço.

Jesus, porém, manda aplicar processos defensivos com base na iluminação e na misericórdia. O tempo e a bênção do Senhor agem devagarinho e os propósitos inferiores se transubstanciam.

O homem comum ainda não dispõe de visão adequada para identificar a obra renovadora. Muitas plantas espinhosas ou estéreis são modificadas em sua natureza essencial pelos filtros amorosos do Administrador da Seara, que usa afeições novas, situações diferentes, estímulos inesperados ou responsabilidades ternas que falem ao coração; entretanto, se chega a época da ceifa, depois do tempo de expectativa e observação, faz-se então necessária a eliminação do joio em molhos.

A colheita não é igual para todas as sementes da terra. Cada espécie tem o seu dia, a sua estação.

Eis por que, aparecendo o tempo justo, de cada homem e de cada coletividade exige-se a extinção do joio, quando os processos transformadores de Jesus foram recebidos em vão. Nesse instante, vemos a individualidade ou o povo a se agitarem através de aflições e hecatombes diversas, em gritos de alarme e socorro, como se estivessem nas sombras de naufrágio inexorável. No entanto, verifica-se apenas a destruição de nossas aquisições ruinosas ou inúteis. E, em vista do joio ser atado, aos molhos, uma dor nunca vem sozinha.

XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 14.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo 107.

Fonte: http://www.reflexoesespiritas.org

Extraído de: https://temp3cmqnrffbbi3.blogspot.com

sábado, 5 de junho de 2021

ALÉM DO VÉU


Para Refletir: 

Pouco a pouco, percebemos que o Senhor não nos pede prodígios de transformação imediata ou espetáculos de grandeza, e sim que nos apliquemos ao bem, de modo a caminhar com Ele, passo a passo, na edificação de nossa própria paz. 

Emmanuel

Who You Really Are ~ Kirtana
https://www.youtube.com/watch?v=Yy-xMLTimZw

Extraído de: https://espirito-de-cura.blogspot.com

sábado, 3 de abril de 2021

NA *PAZ* E *LUZ* DO MESTRE JESUS - FELIZ PÁSCOA A TODOS! SEJAM FELIZES!

 

Para Refletir:

Amar verdadeiramente não é receber amor; é dar. Porque quem dá com amor, que lhe importa receber do mundo, se é certo que recebe de Deus?

Espírito Joana

quarta-feira, 10 de março de 2021

ACEITAR A DIREÇÃO DE *JESUS* - EMMANUEL


Para Refletir:

JESUS é o nosso Divino Mestre. 

O Espiritismo, sobretudo, é obra de educação. 

Façamos, pois, da educação com o Cristo o culto de nossa vida, para que a nossa vida possa educar-se e educar com o Senhor, hoje e sempre. 

Emmanuel

Extraído de: https://o-cristo.blogspot.com

terça-feira, 2 de março de 2021

CULTIVAR O *BEM* - EMMANUEL


Para Refletir:

Em casa, na paisagem do serviço comum, na via pública, nos parques festivos, nas mansardas da provação, nos círculos da caridade, nas escolas, nas instituições edificantes, há sempre irmãos esperando por nós, situações e problemas que nos solicitam cooperação, ajuda e entendimento.

Fortalece-te no contato com a fé e prossegue no serviço que te cabe.

Trabalha sem esmorecer, dá de ti mesmo, liberta o coração prisioneiro de enganos mil, através dos raios benditos do suor, na felicidade dos semelhantes. E, se nos orientarmos em tais normas, guardemos a convicção de que, um dia, as portas da divina imortalidade ser-nos-ão abertas no eterno e glorioso caminho.

Emmanuel

Extraido de: https://o-cristo.blogspot.com

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

*JESUS* É O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA - EMMANUEL


Para Refletir: 

Se desejais direitos no Céu, não olvideis as obrigações na Terra. 

Se ao invés de aguardardes a passagem dos milênios no tempo, que tudo transforma e tudo amadurece, vos esforçardes, desde agora, na sublimação da própria alma, através da renunciação às sombras do egoísmo e da ignorância, do exclusivismo e da crueldade, mais depressa formareis o alto patrimônio de luz do merecimento próprio e entrareis, de imediato, na posse dos tesouros inalienáveis da Vida Imperecível. 

Emmanuel

Extraído de: https://o-cristo.blogspot.com

domingo, 17 de janeiro de 2021

INICIEMOS A *PERFEIÇÃO* DE AMANHÃ COM A *BONDADE* DE HOJE - EMMANUEL


Para Refletir:

O Bom Pastor permanece vigilante. Prometeu que das ovelhas que o Pai lhe confiou nenhuma se perderá. 

Convém, desse modo, atendermos com perfeição aos deveres que nos foram deferidos. Cada qual necessita conhecer as obrigações que lhe são próprias. 

Nesse padrão de conhecimento e atitude, há sempre muito trabalho nobre a realizar. 

Se um irmão parece desviado aos teus olhos mortais, faze o possível por ouvir as palavras de Jesus ao pescador de Cafarnaum: “Que te importa a ti? Segue-me tu."

Emmanuel

Extraído de: https://o-cristo.blogspot.com

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

A VIDA É *AMOR* DIVINO A ESTENDER-SE INCANSÁVEL - EMMANUEL


Para Refletir:

O Espiritismo, não duvideis, é a luz de uma nova renascença para o mundo inteiro. Para que a sublime renovação se concretize, porém, é necessário nos convertamos em raios vivos de sua santificante claridade, ajustando a nossa individualidade aos imperativos no Infinito Bem. 

Unamo-nos, desse modo, em espírito e coração, no serviço a que estamos destinados.

Ajudemos. 

E, convictos de que o amor e a sabedoria constituem o alvo divino de nossa marcha, asilemo-nos no templo da Boa Nova, afeiçoando a nossa existência, em definitivo, aos exemplos do Mestre e Senhor, a benefício da nossa redenção para sempre.

Emmanuel

Extraido de: https://o-cristo.blogspot.com

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

SEMEIE O *AMOR* - ANDRÉ LUIZ

 

Para Refletir: 

Se algum dia te dispuseres a subir, segue na trilha do Cristo, suportando a cruz das obrigações retamente cumpridas, para que o teu exemplo se faça lâmpada a brilhar no roteiro do próximo. 

Jesus, que era o nosso Divino Mestre, escolheu a suprema renúncia para alcançar a ressurreição. 

Pensando nisso, se alguma elevação nos propomos a atingir, não procuremos outro caminho. 

Emmanuel 

Extraído de: http://o-cristo.blogspot.com
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