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A Doutrina Espírita nos convida ao estudo; mas alerta-nos que sem Obras nunca seremos verdadeiramente ESPÍRITAS.

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sábado, 23 de junho de 2012

65 - A JUSTIÇA DE DEUS SEGUNDO A DOUTRINA ESPÍRITA - Doutrina Espírita Explicada

Descrição:

*ERRATA - Em 0:34:48 disse por descuido: "naturalmente, o espírito não evolui", mas o certo é : "o espírito não retrograda, não degenera, não retrocede" *

Meu e-mail: juandireito@yahoo.com

Dizem no popular que "Deus escreve certo por linhas tortas" O que seria isso? A explicação da Justiça de Deus pelo Espiritismo é tão natural e simples, que soluciona todas as dúvidas.

Esse tema é, por certo, dos mais importantes. Abordo neste vídeo questões como: por que uns nascem ricos ou pobres? Porquê nascem doentes, deficientes, ou perfeitos, sábios, gênios ou medíocres? Por que uns sofrem muito ao longo da vida, e outros não?

Como conciliar a miséria do mundo, a dor, o infortúnio, com a JUSTIÇA de Um Deus misericordioso, piedoso, soberanamente justo e bom?

A explicações tradicionais, que tentam conciliar tanta dor no mundo, com esta Justiça Divina, tem fracassado redondamente. Quem se cansou das explicações dogmáticas, místicas e incompreensíveis, deseja respostas concretas e coerentes. É o que a Doutrina Espírita nos oferece.

No Espiritismo, Deus não pune, não castiga, não dá privilégios nem recompensas. Como assim? É só assistir ao vídeo, que procuro responder a tudo.

Vale à pena conferir esse tema tão importante, porque nos liberta o coração e tranquiliza a alma, dando respostas à perguntas eternas. Como entender a JUSTIÇA DE DEUS? A Doutrina Espírita atinge esse assunto em cheio.

Não perca!

Abraços fraternos a todos, fiquem com Deus.

Adicionado por Juan Marcello em 21 junho 2012 às 1:17


12 - RIQUEZA, POBREZA e BENS MATERIAIS - Doutrina Espírita Explicada

Descrição:

Meu e-mail: juandireito@yahoo.com

Por que uns nascem ricos e outros pobres? Qual a "lei espiritual" que determina isso? Qual o valor exato que a Doutrina Espírita dá aos bens materiais? É mais virtude ser rico ou pobre? É errado perseguir o conforto e o bem-estar?

Procurei responder a tudo isso e muito mais, sempre na ótica do Espiritismo, o que, ademais, torna tudo isso maravilhosamente coerente.

Forte abraço a todos, na paz de Jesus Cristo.

Adicionado por Juan Marcello em 7 abril 2012 às 12:30
em http://kardeconline.com.br/


 

11 - POR QUE ESQUECEMOS AS "VIDAS" PASSADAS? - Doutrina Espírita Explicada

Descrição:

Meu e-mail: juandireito@yahoo.com

Neste vídeo, trato da Justiça da Reencarnação, o por que de esquecermos das encarnações passadas quando reencarnamos. Coloquei "vidas" entre aspas, porque não há vidas passadas, e sim encarnações passadas, eis que a vida é essa mesma, uma só, o que muda são os corpos que revestimos a cada encarnação.

Respondo, neste vídeo, a célebre dúvida: onde está a justiça se sofremos a consequência de atos que não lembramos de termos cometido?

Abraços fraternos a todos, fiquem na paz de Jesus Cristo.

Adicionado por Juan Marcello em 21 junho 2012 às 1:17
em
http://kardeconline.com.br/


quarta-feira, 20 de junho de 2012

PRESSENTIMENTOS


Conta-se que Francisco de Assis, notável missionário cristão da Idade Média, estava tratando de seu jardim, quando um amigo se aproximou, perguntando-lhe: – Francisco, o que você faria se soubesse que iria morrer hoje? Ao que ele teria respondido, com a maior naturalidade: – Continuaria a fazer o que estou fazendo: cuidando do meu jardim! Será que nós, diante de um pressentimento sombrio ou ditoso, cultivaríamos a mesma serenidade de um Francisco de Assis?
É possível conhecer o futuro?
O pressentimento, a premonição, a precognição, a presciência, o presságio, são diferentes palavras utilizadas para designar um só fenômeno: o conhecimento do futuro, que repousa sobre “um mesmo princípio: a emancipação da alma, mais ou menos desprendida da matéria”.1  O conhecimento do futuro depende da elevação dos Espíritos que, muitas vezes, apenas o entreveem, “porém nem sempre lhes é permitido revelá-lo”2  ao homem (Espírito encarnado), porquanto “a certeza de um acontecimento venturoso o lançaria na inação. A de um acontecimento infeliz o encheria de desânimo. Em ambos os casos, suas forças ficariam paralisadas”.3
Logo, “em princípio, o futuro lhe é oculto e só em casos raros e excepcionais permite Deus que seja revelado”,4 com o objetivo de facilitar “a execução de uma coisa, em vez de estorvar, obrigando o homem a agir diversamente do modo por que agiria, se lhe não fosse feita a revelação”.5
Muitos creem que a existência física é regida por um determinismo ou fatalidade irrevogável, e que, independentemente de como agirmos, ninguém escapará do destino que lhe está reservado. Um pouco de reflexão sobre o assunto, entretanto, é suficiente para afastar tal ideia. Ensina o Espiritismo que a fatalidade6 existe unicamente pela escolha que o Espírito faz, ao encarnar, desta ou daquela prova física. Elegendo-a, institui para si uma espécie de destino, que é o resultado da posição em que vem a achar-se colocado, como homem, na Terra “nas funções que aí desempenha, em consequência do gênero de vida que seu Espírito escolheu como prova, expiação ou missão”.7
Por conseguinte, não se pode dizer que tudo já está predeterminado em nossas vidas. Assim fosse, seríamos meros autômatos e de nada adiantaria nosso esforço para nos melhorar, de forma que tanto o que fizesse o bem, quanto o que fizesse o mal, teriam a mesma compensação ou o mesmo futuro, o que estaria em desacordo com a Justiça Divina incorruptível. A fatalidade a que todos estamos submetidos, sem exceção, é a morte física: chegado esse momento, de uma forma ou de outra, dela não podemos nos esquivar,8 contudo, “nunca há fatalidade nos atos da vida moral”,9 porque somos senhores, por nossa vontade, de ceder ou não às tendências inatas que trazemos de encarnações pretéritas e às influências de outros Espíritos. O resultado da má utilização do livre-arbítrio é que retardará o nosso progresso, protelando o encontro com a Verdade, mas todos chegaremos lá, muitas vezes pela dor, que é um aguilhão a nos impulsionar à correção de nossas imperfeições e a nos mostrar o roteiro de nossa emancipação espiritual.
Considerando a margem de liberdade que o Criador nos confere, dentro de suas leis imutáveis, para exercitarmos o livre-arbítrio e as faculdades, não há incoerência alguma em dizer que somos responsáveis pelo nosso passado e os artífices de nosso futuro.
Quanto mais evoluído o Espírito – encarnado ou desencarnado –, melhores condições tem de prever o futuro, baseado na experiência acumulada dos fatos do passado e na análise dos acontecimentos do presente, considerando que, à luz do princípio de causa e efeito, tudo o que fazemos acarreta resultados que se projetam no tempo. Por isso, “o futuro não é surpresa atordoante. É consequência dos atos presentes”.10 
Ao ensino dado em O Livro dos Médiuns, os benfeitores acrescentam que os pressentimentos são uma espécie de mediunidade:
O pressentimento é uma intuição vaga das coisas futuras. Algumas pessoas têm essa faculdade mais ou menos desenvolvida. Pode ser devida a uma espécie de dupla vista, que lhes permite entrever as consequências das coisas atuais e a filiação dos acontecimentos. [...]11
Ou ainda:
São recordações vagas e intuitivas do que o Espírito aprendeu em seus momentos de liberdade e algumas vezes avisos ocultos dados por Espíritos benévolos.12
Capa
O fato de um pressentimento não se confirmar nem sempre significa que se estava enganado a respeito das premonições, visto que as ações dos Espíritos (encarnados ou desencarnados), antes de ocorrerem, são concebidas na mente, cujos pensamentos são captados por determinadas pessoas, durante o sono, por meio dos sonhos, ou durante a vigília. No entanto, pode haver desistência da ação planejada, por parte do agente, ou é possível haver alguma circunstância que o impeça de concretizar seu desejo.
Isto é,
[...] como a sua realização [da ação planejada] pode ser apressada ou retardada por um concurso de circunstâncias, este último [o médium ou vidente] vê o fato, sem poder, todavia, determinar o momento em que se dará. Não raro acontece que aquele pensamento não passa de um projeto, de um desejo, que se não concretizem em realidade, donde os frequentes erros de fato e de data nas previsões. 13
Por isso, devemos desconfiar de mensagens proféticas que anunciam precisamente, com data e hora marcadas, o acontecimento de coisas fantásticas.
Sendo assim, o pressentimento nada tem de sobrenatural, posto que “se funda nas propriedades da alma e na lei das relações do mundo visível com o mundo invisível, que o Espiritismo veio dar a conhecer”.14 Kardec traz um interessantíssimo exemplo de pressentimento.
Trata-se de uma carta, dirigida ao Codificador, pela Senhora Angelina de Ogé, que foi avisada, com seis meses de antecedência, sobre a morte de seu genitor. Eis algumas considerações dadas a respeito deste caso pela Sociedade Espírita de Paris:
“O Espírito do pai dessa senhora, em estado de desprendimento, tinha um conhecimento antecipado de sua morte e da maneira por que ela se daria. Sua vista espiritual abarcando um certo espaço de tempo, para ele é como se a coisa estivesse presente, embora no estado de vigília não lhe conservasse qualquer lembrança. Foi ele próprio que se manifestou à sua filha, seis meses antes, nas condições que deviam se produzir, a fim de que, mais tarde, ela soubesse que era ele e que, estando preparada para uma separação próxima, não ficasse surpreendida com a sua partida. Ela mesma, como Espírito, tinha conhecimento disto, porque os dois Espíritos se comunicavam em seus momentos de liberdade. É o que lhe dava a intuição de que alguém devia morrer naquele quarto. Essa manifestação ocorreu igualmente com o objetivo de fornecer um assunto de instrução a respeito do conhecimento do mundo invisível”.15
O progresso intelecto-moral confere ao ser humano maior amplitude de percepção sobre as coisas, à semelhança de uma pessoa que, situando-se no topo de uma montanha, de posse de um potente binóculo, pode prever algum acontecimento em certo trecho da estrada, que não é dado a outro descortinar, se estiver em plano mais baixo, por falta de uma visão panorâmica do que se passa à sua volta.
Não sem razão, o Codificador destaca:
O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias; a eternidade não é suscetível de medida alguma, do ponto de vista da duração; para ela, não há começo, nem fim: tudo lhe é presente.16
Kardec, lembrando a forma misteriosa e cabalística de certas predições antigas, de que Nostradamus é o exemplo mais completo, ressalva:
[...] Pela sua ambiguidade, elas se prestam a interpretações muito diferentes, de tal sorte que, conforme o sentido que se atribua a certas palavras alegóricas ou convencionais, conforme a maneira por que se efetue o cálculo, singularmente complicado, das datas e, com um pouco de boa vontade, nelas se encontra quase tudo o que se queira.17
Na atualidade, porém, as previsões dos Espíritos “são antes advertências, do que predições propriamente ditas e quase sempre motivam a opinião que manifestam, por não quererem que o homem anule a sua razão sob uma fé cega e desejarem que este último lhe aprecie a exatidão”.17
A perplexidade de muitas pessoas ante os fenômenos relacionados com o futuro, entre eles o pressentimento, demonstra o quanto o homem ainda desconhece a sua própria natureza espiritual. O Espiritismo veio projetar luz sobre esta questão, trazendo a chave para o seu entendimento: “o estudo das propriedades do perispírito”.18 
Se há um determinismo, na acepção absoluta da palavra, este é o determinismo do progresso, para a felicidade de todos nós. Mesmo que façamos mau uso do livre-arbítrio, fatalmente, mais cedo ou mais tarde, nos arrependeremos, expiaremos e repararemos nossos erros,19 motivo por que sempre estaremos jungidos ao resultado final estabelecido pelo Criador, que instituiu a Lei Maior de que “o bem é o fim supremo da Natureza”,20  o que implica na acepção de que “determinismo e livre-arbítrio coexistem na vida, entrosando-se na estrada dos destinos, para a elevação e redenção dos homens”.21
 Christiano Torchi

Referências:
  1. KARDEC, Allan. Teoria dos Sonhos. Revista Espírita. Jornal de Estudos Psicológicos, Ano 8, p. 282, Jul. 1865, 3ª Ed., Rio de Janeiro. FEB, 2006.
  2. Idem. O Livro dos Espíritos, 91, Ed.1, reimp. Rio de Janeiro. FEB, 2008. Q. 243.
  3. Idem, ibidem. Q. 871 (Comentário de Kardec), p. 447.
  4. Idem, ibidem. Q. 868.
  5. Idem, ibidem. Q. 870.
  6. Idem, ibidem. Q. 851-867.
  7. Idem, ibidem. Q. 872, p. 449.
  8. KARDE, Allan. O Livro dos Espíritos. 91, Ed.1, reimp. Rio de Janeiro. FEB, 2008. Q. 853.
  9. Idem, ibidem. Q. 872, p. 449.
  10. XAVIER, Francisco C., VIEIRA, Waldo. O Espírito da Verdade. Espíritos Diversos. 17ª Ed. Rio de Janeiro. FEB, 2008. Cap. 82, p. 274.
  11. KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. 80ª Ed. 1. reimp. Rio de Janeiro. FEB, 2009. p.1, Cap.15, Item 184.
  12. Idem. O que é o Espiritismo. 55 Ed. 1. reimp. Rio de Janeiro. FEB, 2009. Cap. 3, Q. 138.
  13. KARDEC, Allan. A Gênese. 52ª Ed. 1. reimp. Rio de Janeiro. FEB, 2008. Cap. 16, Item 7.
  14. Idem, ibidem. Item 6.
  15. Kardec, Allan. Uma Manifestação antes da Morte. Revista Espírita. Jornal de Estudos Psicológicos, Ano 11, P. 47-48, Jan. 1868. 2ª Ed. Rio de Janeiro. FEB, 2006.
  16. Idem. A Gênese. 52ª Ed. 1. reimp. Rio de Janeiro. FEB, 2008. Cap.6. Item 2, p. 125.
  17. Idem, ibidem. Cap. 16, Item 17, p. 418.
  18. Idem, ibidem. Cap. 1 , Item 40.
  19. Idem. O Céu e o Inferno. 60ª Ed. 1. reimp. Rio de Janeiro. FEB, 2008. p.1, Cap.7, Item Código Penal da Vida Futura, n 16.
  20. DENIS, Léon. Depois da Morte. Ed. espec. 1. imp. Rio de Janeiro. FEB, 2008. p. 1. A Índia, p. 41-42.
  21. XAVIER, Francisco C. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28ª Ed. 1. reimp. Rio de Janeiro. FEB. 2008. Q. 132.

Fonte: reformadoronline/

terça-feira, 19 de junho de 2012

ESPIRITISMO - MAIS VOCÊ - SENSITIVOS - MÉDIUM E MEDIUNIDADE - 1/4


Descrição:

No programa Mais Você, da TV Globo, exibido em 22.Ago.2005, Ana Maria Braga conversa com a experiente médium Isabel Salomão e com o menino-médium Guilherme Romano, que explicam de forma simples e esclarecedora a vivência deles com a mediunidade.

Mais Você 01.Mar.2007 - Sensitivos
http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL480533-10345,00-SENSITIVOS.html

A mediunidade é a capacidade de ver, ouvir e pressentir o que a maioria não consegue. Normalmente ela se desenvolve desde a infância das pessoas médiuns.

João Rosa, médium e tarólogo

Conta que no começo tudo era estranho. Ele foi levado para um psicólogo na época e acharam que ele tinha problemas. Foi assim que constataram que era médium sensitivo e tinha uma certa vidência.

Guilherme Vinícius de Souza Romano, médium

Guilherme tem 13 anos e diz que se lembra de ver espíritos desde muito pequeno, mas só entendeu do que se tratava aos 6 anos quando recebeu uma "entidade" que lhe explicou que o que ele sentia e via se tratava de um dom que ajudaria sua família.

O estudante conta que consegue sentir, ver, ouvir perfeitamente e até conversar com os espíritos, mas muitas vezes tem medo porque nem sempre eles aparecem bonitos com aparência simpática, às vezes eles têm rosto apodrecido, aparência grotesca como os monstros dos filmes de terror. Ele também vê pessoas da família que já faleceram como a avó, o bisavô, a tataravó.

Apesar de hoje fazer tratamentos no centro espírita, tomar homeopatias, e entender melhor as coisas que vê, Guilherme ainda tem medo, e não desce as escadas do seu prédio sozinho por exemplo, porque sempre vê coisas que não quer.

Guiomar de Oliveira Albanese

Dona Guiomar tem 79 anos e é presidente do Centro Espírita Perseverança em São Paulo. Ela teve contatos com os espíritos desde criança, época em que achava que eles eram pessoas normais.

Dona Guiomar diz que determinadas crianças já nascem com sensibilidade, e que hoje em dia isso é muito mais comum, pois com tanta violência, assassinatos, roubos, crimes bárbaros, nosso mundo necessita de mais médiuns.

Segundo ela, a mediunidade começa a se manifestar nas crianças de três anos e permanece em média até os sete anos, época em que elas ainda não têm muitas preocupações e registros do mundo. Muitas vezes ela fica adormecida até a adolescência e retorna dos 12 aos 18 anos. Dona Guiomar sofreu muito até encontrar o caminho do Espiritismo.

Dona Isabel Salomão dos Santos

Dona Isabel tem 82 anos e começou a ter contatos com os espíritos ainda menina com apenas nove anos. A família da médium era católica e o pai ficava muito nervoso quando Isabel falava o que via.

Quando tinha 16 anos começou a ter mais problemas, não conseguia dormir porque o quarto sempre estava cheio de espíritos, mas ela diz que eles não faziam mal, apenas incomodavam.

Aos 20 anos Isabel conheceu um Centro Espírita e aos 22 começou a trabalhar no Centro ajudando as pessoas. Ela conta que cada médium tem uma sensibilidade a dela é de cura. Atende doentes há muitos anos e sua primeira cura foi aos 12. Curou o pai de epilepsia.

Dona Isabel cuida de 50 crianças dando moradia, alimentação e educação, e cuida de um Centro Espírita chamado Casa do Caminho, com ajuda de 200 pessoas.

Dona Isabel
Fone: (32)3216-9616 (Centro)

Dona Guiomar
Fone: (11)6672-8200 (Centro Espírita Perseverança)



39 - O CÂNCER PELA ÓTICA DO ESPIRITISMO - Doutrina Espírita Explicada - Juan Marcello

Descrição: 

Vídeo a pedido do amigo Rodrigo A.P.

Alguns tipos de câncer tem cura, outros redundam na desencarnação.

Mas, afinal, o que é, como funciona, o que representa o CÂNCER para a Doutrina Espírita?

É um tema muito amplo, com diversas situações.

Neste vídeo, procuro adentrar no problema e traçar raciocínio o mais amplo e espírita possível, pois o Espiritismo soluciona essas questões com facilidade, já que o câncer tem fundo espiritual, essencialmente.

Abraços a todos, fiquem na paz de Deus.

Adicionado por Juan Marcello em 5 abril 2012 às 10:26
em http://kardeconline.com.br/


sábado, 16 de junho de 2012

JESUS E TOLERÂNCIA


Em termos de psicologia profunda, a questão do julgamento das faltas alheias constitui um grave cometimento de desumanidade em relação àquele que erra. 

O problema do pecado pertence a quem o pratica, que se encontra, a partir daí, incurso em doloroso processo de auto-flagelação, buscando, mesmo que inconscientemente, liberar-se da falta que lhe pesa como culpa na economia da consciência.

A culpa é sombra perturbadora na personalidade, responsável por enfermidades desprezíveis, causadoras de desgraças de vária ordem. 

Insculpida nos painéis profundos da individualidade, programa, por automatismos, os processos reparadores para si mesma.

Toda contribuição de impiedade, mediante os julgamentos arbitrários, gera, por sua vez, mecanismos de futura aflição para o acusador.

Julgando as ações que considera incorretas no seu próximo, realiza um fenômeno de projeção da sua sombra em forma de auto-justificação, que não consegue libertá-lo do impositivo das suas próprias mazelas.

A tolerância, em razão disso, a todos se impõe como terapia pessoal e fraternal, compreendendo as dificuldades do caído, enquanto lhe distende mãos generosas para o soerguer.

Na acusação, no julgamento dos erros alheios, deparamos com propósitos ocultos de vingança-prazer em constatar a fraqueza dos outros indivíduos, que sempre merecem a misericórdia que todos esperamos encontrar quando em circunstâncias equivalentes.

Jesus sempre foi severo na educação dos julgadores da conduta alheia.
Certamente, há tribunais e autoridades credenciadas para o ministério de saneamento moral da sociedade, encarregadas dos processos que envolvem os delituosos.

E os julgam, estabelecendo os instrumentos reeducativos, jamais punitivos, pois que, se o fizessem, incidiriam em erros idênticos, se não mais graves.

O julgamento pessoal, que ignora as causas geradoras dos problemas, demonstra o primitivismo moral do homem ainda "lobo" do seu irmão.

O Mestre estabeleceu a formosa imagem do homem que tem uma trave dificultando-lhe a visão, e no entanto vê o cisco no olho do seu próximo.

A proposta é rigorosa, portadora de claridade evidente, que não concede pauta a qualquer fuga de responsabilidade.

Ele próprio, diante da multidão aflita, equivocada, perversa, insana, ao invés de a julgar, "tomou-se de compaixão" e ajudou-a.

Naturalmente não solucionou todos os problemas, nem atendeu a todos, como eles o desejavam.

Apesar de tudo, compadecido, os amou, envolvendo-os em ternura e ensinando-lhes as técnicas de libertação para adquirirem a paz. 

Pensamento 

Tem compaixão de quem cai. A consciência dele será o seu juiz.

Ajuda aquele que tomba. Sua fraqueza já lhe constitui punição.

Tolera o infrator. Ele é o teu futuro, caso não disponhas de forças para prosseguir bem.

A tolerância que utilizares para com os infelizes se transformará na medida emocional de compaixão que receberás, quando chegar a tua vez, já que ninguém é perfeito. 


Equipe de Redação do Momento Espírita, adaptação do cap. Jesus e tolerância do livro Jesus e atualidade, de Divaldo Franco, Ed. Pensamento. 


quarta-feira, 13 de junho de 2012

LEI DE DESTRUIÇÃO



O Livro dos Espíritos

Parte Terceira – Capítulo 6

Lei de destruição

Destruição necessária e destruição abusiva – Flagelos destruidores – Guerras – Assassinato – Crueldade – Duelo – Pena de morte

Destruição necessária e destruição abusiva

728 A destruição é uma lei natural?
– É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar. O que chamais destruição é apenas transformação que tem por objetivo a renovação e o melhoramento dos seres vivos.
728 a O instinto de destruição teria sido dado aos seres vivos por desígnios providenciais?
– As criaturas são os instrumentos de que Deus se serve para atingir os seus objetivos. Para se alimentarem, os seres vivos se destroem entre si com um duplo objetivo: manter o equilíbrio na reprodução, que poderia tornar-se excessiva, e melhor utilização dos restos do corpo. Mas somente o corpo é destruído, porque é apenas o acessório, e não a parte essencial. O princípio inteligente é indestrutível e se elabora nas diferentes metamorfoses1 que sofre.
729 Se a destruição é necessária para a regeneração dos seres, por que a natureza os cerca com meios de preservação e de conservação?
– Para que a destruição não ocorra antes do tempo preciso. Toda destruição antecipada dificulta o desenvolvimento do princípio inteligente; é por isso que Deus deu a cada ser a necessidade de viver e de se reproduzir.
730 Uma vez que a morte deve nos conduzir a uma vida melhor, que nos livra dos males desta, e, por isso, mais deveria ser desejada do que temida, por que o homem tem um horror instintivo que o faz temê-la?
– Já dissemos, o homem deve procurar prolongar a vida para cumprir sua tarefa; eis por que Deus lhe deu o instinto de conservação, que o sustenta nas provas; sem isso, muitas vezes se deixaria levar pelo desencorajamento. A voz secreta que o faz temer a morte lhe diz que ainda pode fazer alguma coisa para seu adiantamento. Quando um perigo o ameaça, é uma advertência para que aproveite o tempo e a morada que Deus lhe concede. Mas, ingrato! Rende mais vezes graças à sua estrela do que ao seu Criador.
731 Por que, ao lado dos meios de conservação, a natureza colocou ao mesmo tempo os agentes destruidores?
– O remédio ao lado do mal, já dissemos, é para manter o equilíbrio e servir de contrapeso.
732 A necessidade de destruição é a mesma em todos os mundos?
– É proporcional ao estado mais ou menos material dos mundos e cessa quando os estados físico e moral estão mais depurados. Nos mundos mais avançados as condições de existência são completamente diferentes.
733 A necessidade da destruição existirá sempre entre os homens na Terra?
– A necessidade de destruição diminui e se reduz entre os homens à medida que o Espírito se sobrepõe à matéria; é por isso que se constata o horror à destruição crescer com o desenvolvimento intelectual e moral.
734 Em seu estado atual, o homem tem direito ilimitado de destruição sobre os animais?
– Esse direito é regido pela necessidade de prover a sua alimentação e segurança. O abuso nunca foi um direito.
735 O que pensar da destruição que ultrapassa os limites das necessidades e da segurança? Da caça, por exemplo, quando tem por objetivo apenas o prazer de destruir sem utilidade?
– Predominância dos maus instintos sobre a natureza espiritual. Toda destruição que ultrapassa os limites da necessidade é uma violação da lei de Deus. Os animais destroem apenas de acordo com suas necessidades; mas o homem, que tem o livre-arbítrio, destrói sem necessidade; ele deverá prestar contas do abuso da liberdade que lhe foi concedida, porque cede aos maus instintos.
736 Os povos que são muito escrupulosos com relação à destruição dos animais têm um mérito particular?
– É um excesso, mesmo sendo um sentimento louvável em si mesmo; se se torna abusivo, seu mérito é neutralizado pelos abusos de outras espécies. Há entre eles mais medo supersticioso do que a verdadeira bondade.

Flagelos destruidores

737 Com que objetivo os flagelos destruidores atingem a humanidade?
– Para fazê-la progredir mais depressa. Não dissemos que a destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem em cada nova existência um novo grau de perfeição? É preciso ver o objetivo para apreciar os resultados dele. Vós os julgais somente do ponto de vista pessoal e os chamais de flagelos por causa do prejuízo que ocasionam; mas esses aborrecimentos são, na maior parte das vezes, necessários para fazer chegar mais rapidamente a uma ordem de coisas melhores e realizar em alguns anos o que exigiria séculos. (Veja a questão 744.)
738 A Providência não poderia empregar para o aperfeiçoamento da humanidade outros meios que não os flagelos destruidores?
– Sim, pode, e os emprega todos os dias, uma vez que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. É o homem que não tira proveito disso; é preciso castigá-lo em seu orgulho e fazer-lhe sentir sua fraqueza.
738 a Mas nesses flagelos o homem de bem morre como o perverso; isso é justo?
– Durante a vida, o homem sujeita tudo ao seu corpo; mas, após a morte, pensa de outro modo e, como já dissemos, a vida do corpo é pouca coisa; um século de vosso mundo é um relâmpago na eternidade. Portanto, os sofrimentos que sentis por alguns meses ou alguns dias não são nada, são um ensinamento para vós e servirão no futuro. Os Espíritos, que preexistem e sobrevivem a tudo, compõem o mundo real. (Veja a questão 85.) Esses são filhos de Deus e objeto de toda a sua solicitude; os corpos são apenas trajes sob os quais aparecem no mundo. Nas grandes calamidades que destroem os homens, é como se um exército tivesse durante a guerra seus trajes estragados ou perdidos. O general tem mais cuidado com seus soldados do que com as roupas que usam.
738 b Mas nem por isso as vítimas desses flagelos são menos vítimas?
– Se considerásseis a vida como ela é, e quanto é insignificante em relação ao infinito, menos importância lhe daríeis. Essas vítimas encontrarão numa outra existência uma grande compensação para seus sofrimentos se souberem suportá-los sem se lamentar.
 Quer a morte chegue por um flagelo ou por uma outra causa, não se pode escapar quando a hora é chegada; a única diferença é que, nos flagelos, parte um maior número ao mesmo tempo.
Se pudéssemos nos elevar pelo pensamento, descortinando toda a humanidade de modo a abrangê-la inteiramente, esses flagelos tão terríveis não pareceriam mais do que tempestades passageiras no destino do mundo.
739 Os flagelos destruidores têm alguma utilidade do ponto de vista físico, apesar dos males que ocasionam?
– Sim, eles mudam, muitas vezes, as condições de uma região; mas o bem que resulta disso somente é percebido pelas gerações futuras.
740 Os flagelos não seriam para o homem também provas morais que os submetem às mais duras necessidades?
– Os flagelos são provas que proporcionam ao homem a ocasião de exercitar sua inteligência, mostrar sua paciência e sua resignação à vontade da Providência, e até mesmo multiplicam neles os sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se não é dominado pelo egoísmo.
741 É dado ao homem evitar os flagelos que o atormentam?
– Sim, em parte, embora não como se pensa geralmente. Muitos dos flagelos são a conseqüência de sua imprevidência; à medida que adquire conhecimentos e experiência, pode preveni-los se souber procurar suas causas. Porém, entre os males que afligem a humanidade, há os de caráter geral, que estão nos decretos da Providência, e dos quais cada indivíduo sente mais ou menos a repercussão. Sobre esses males, o homem pode apenas se resignar à vontade de Deus; e ainda esses males são, muitas vezes, agravados pela sua negligência.
 Entre os flagelos destruidores, naturais e independentes do homem, é preciso colocar na primeira linha a peste, a fome, as inundações, as intempéries fatais à produção da terra. Mas o homem encontrou na ciência, nos trabalhos de arte, no aperfeiçoamento da agricultura, na rotatividade das culturas e nas irrigações, no estudo das condições higiênicas, os meios de neutralizar ou de pelo menos atenuar os desastres. Algumas regiões, antigamente assoladas por terríveis flagelos, não estão preservadas hoje? Que não fará, portanto, o homem pelo seu bem-estar material quando souber aproveitar todos os recursos de sua inteligência e quando, aos cuidados de sua conservação pessoal, souber aliar o sentimento da verdadeira caridade por seus semelhantes? (Veja a questão 707.)

Guerras

742 Qual é a causa que leva o homem à guerra?
– Predominância da natureza selvagem sobre a espiritual e satisfação das paixões. No estado de barbárie, os povos conhecem apenas o direito do mais forte; é por isso que a guerra é para eles um estado normal. Contudo, à medida que o homem progride, ela se torna menos freqüente, porque evita as suas causas, e quando é inevitável sabe aliar à sua ação o sentimento de humanidade.
743 A guerra desaparecerá um dia da face da Terra?
– Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus; então, todos os povos serão irmãos.
744 Qual o objetivo da Providência ao tornar a guerra necessária?
– A liberdade e o progresso.
744 a Se a guerra deve ter como efeito conduzir à liberdade, como se explica que tenha, muitas vezes, por objetivo e resultado a escravidão?
– Escravidão temporária para abater os povos, a fim de fazê-los progredir mais rápido.
745 O que pensar daquele que provoca a guerra em seu proveito?
– Esse é o verdadeiro culpado e precisará de muitas reencarnações para expiar todas as mortes que causou, porque responderá por todo homem cuja morte tenha causado para satisfazer à sua ambição.

Assassinato

746 O assassinato é um crime aos olhos de Deus?
– Sim, um grande crime; porque aquele que tira a vida de seu semelhante corta uma vida de expiação ou de missão, e aí está o mal.
747 O assassinato tem sempre o mesmo grau de culpabilidade?
– Já o dissemos: Deus é justo, julga mais a intenção do que o fato.
748 Perante Deus há justificativa no assassinato em caso de legítima defesa?
– Somente a necessidade pode desculpá-lo. Mas se o agredido pode preservar sua vida sem atentar contra a do agressor, deve fazê-lo.
749 O homem é culpado pelos assassinatos que comete durante a guerra?
– Não, quando constrangido pela força, embora seja culpado pelas crueldades que comete. O sentimento de humanidade com que se portou será levado em conta.
750 Qual é mais culpado diante da lei de Deus, aquele que mata um pai ou aquele que mata uma criança?
– Ambos o são igualmente, porque todo crime é crime.
751 Como se explica que alguns povos, já avançados do ponto de vista intelectual, matem crianças e isso seja dos costumes e consagrado pela legislação?
– O desenvolvimento intelectual não pressupõe a necessidade do bem; um Espírito Superior em inteligência pode ser mau. É aquele que viveu muito sem se melhorar: apenas sabe.

Crueldade

752 Pode-se ligar o sentimento de crueldade ao instinto de destruição?
– É o instinto de destruição no que há de pior. Se a destruição é, às vezes, uma necessidade, a crueldade nunca é; é sempre o resultado de uma natureza má.
753 Como se explica que a crueldade seja a característica predominante dos povos primitivos?
– Entre os povos primitivos, como os chamais, a matéria prepondera sobre o Espírito; eles se abandonam aos instintos bárbaros e, como não têm outras necessidades além da vida corporal, pensam somente em sua conservação pessoal, e é isso que os torna geralmente cruéis. Além do mais, os povos cujo desenvolvimento é imperfeito estão sob o domínio de Espíritos igualmente imperfeitos que lhes são simpáticos, até que povos mais avançados venham destruir ou enfraquecer essa influência.
754 A crueldade não vem da ausência do senso moral?
– Diremos melhor, que o senso moral não está desenvolvido, mas não que esteja ausente, porque ele existe, como princípio, em todos os homens; é esse senso moral que os faz mais tarde serem bons e humanos. Ele existe, portanto, no selvagem, mas está como o princípio do perfume está no germe da flor antes de desabrochar.
 Todas as faculdades existem no homem em condição rudimentar ou latente. Elas se desenvolvem conforme as circunstâncias lhes são mais ou menos favoráveis. O desenvolvimento excessivo de uma faz cessar ou neutraliza o das outras. A superexcitação dos instintos materiais sufoca, por assim dizer, o senso moral, como o desenvolvimento do senso moral enfraquece, pouco a pouco, as faculdades puramente selvagens.
755 Como se explica existirem, no seio da civilização mais avançada, seres algumas vezes tão cruéis quanto os selvagens?
– Exatamente como numa árvore carregada de bons frutos há os que ainda não amadureceram, não atingiram o pleno desenvolvimento. São, se o quiserdes, selvagens que têm da civilização apenas o hábito, lobos extraviados no meio de ovelhas. Espíritos de ordem inferior e muito atrasados podem encarnar em meio a homens avançados na esperança de avançarem; mas, sendo a prova muito pesada, a natureza primitiva os domina.
756 A sociedade dos homens de bem estará um dia livre dos malfeitores?
– A humanidade progride; esses homens dominados pelo instinto do mal que se acham deslocados entre as pessoas de bem desaparecerão pouco a pouco, como o mau grão é separado do bom depois de selecionado. Então renascerão sob um outro corpo e, como terão mais experiência, compreenderão melhor o bem e o mal. Tendes um exemplo disso nas plantas e nos animais que o homem conseguiu aperfeiçoar e nos quais desenvolveu qualidades novas. Pois bem! É somente depois de muitas gerações que o aperfeiçoamento se torna completo. É a imagem das diferentes existências do homem.

Duelo

757 O duelo pode ser considerado como legítima defesa?
– Não; é um assassinato e um costume absurdo, digno de bárbaros. Com uma civilização mais adiantada e moralizada, o homem compreenderá que o duelo é tão ridículo quanto os combates que se consideraram antigamente como o juízo de Deus.
758 O duelo pode ser considerado como um assassinato por parte daquele que, conhecendo sua própria fraqueza, está quase certo de que vai morrer?
– É um suicida.
758 a E quando as probabilidades são iguais, é um assassinato ou um suicídio?
– Ambos.
 Em todos os casos, mesmo naqueles em que as probabilidades são iguais, o duelista é culpado, primeiramente, porque ele atenta friamente e de propósito deliberado contra a vida de seu semelhante, e depois porque expõe sua própria vida inutilmente e sem proveito para ninguém.
759 Qual é o valor do que se chama ponto de honra em matéria de duelo?
– Orgulho e vaidade: duas chagas da humanidade.
759 a Mas não há casos em que a honra se encontra verdadeiramente ofendida e um recuo seria covardia?
– Isso depende dos costumes e dos usos; cada país e cada século tem sobre isso uma visão diferente; quando os homens forem melhores e mais adiantados em moral compreenderão que o verdadeiro ponto de honra está acima das paixões terrenas e não é nem matando nem deixando-se matar que se repara um erro.
 Há mais grandeza e verdadeira honra em se confessar culpado, quando errou, ou em perdoar, quando se tem razão e, em todos os casos, em desprezar os insultos, que não o podem atingir.

Pena de morte

760 A pena de morte desaparecerá um dia da legislação humana?
– A pena de morte desaparecerá incontestavelmente e sua supressão marcará um progresso na humanidade. Quando os homens estiverem mais esclarecidos, a pena de morte será completamente abolida da Terra, os homens não terão mais necessidade de serem julgados pelos homens. Falo de um tempo que ainda está muito distante de vós.
 O progresso social deixa, sem dúvida, ainda muito a desejar, mas seria injusto com a sociedade atual se não se reconhecesse um progresso nas restrições feitas à pena de morte entre os povos mais avançados e quanto à natureza dos crimes aos quais se limita a sua aplicação. Se compararmos as garantias com que a justiça, entre esses mesmos povos, se empenha para cercar o acusado e a forma humanitária com que o trata, ainda mesmo que seja reconhecidamente culpado, com o que se praticava nos tempos que ainda não estão muito distantes, não se pode negar o avanço no caminho progressivo em que marcha a humanidade.
761 A lei de conservação assegura ao homem o direito de preservar sua própria vida; não usa desse direito quando elimina da sociedade um membro perigoso?
– Há outros meios de se preservar do perigo sem precisar matar. É necessário, aliás, abrir ao criminoso a porta do arrependimento, e não fechá-la.
762 Se a pena de morte pode ser banida das sociedades civilizadas, não foi uma necessidade nas épocas menos avançadas?
– Necessidade não é bem a palavra. O homem acha sempre uma coisa necessária quando não encontra justificativa melhor; mas, à medida que se esclarece, compreende mais acertadamente o que é justo ou injusto e repudia os excessos cometidos nos tempos de ignorância, em nome da justiça.
763 A restrição dos casos em que se aplica a pena de morte é um indício de progresso na civilização?
– Podeis duvidar disso? Vosso Espírito não se revolta ao ler a narrativa das carnificinas humanas de antigamente em nome da justiça e em honra da Divindade? Das torturas que sofria o condenado, e mesmo um simples suspeito, para lhe arrancar, pelo excesso dos sofrimentos, a confissão de um crime que muitas vezes não cometeu? Pois bem! Se tivésseis vivido naquele tempo, teríeis achado isso muito natural e talvez, se juízes fôsseis, teríeis feito o mesmo. É assim que o justo de uma época parece bárbaro em outra. As leis divinas são as únicas eternas; as leis humanas mudam com o progresso e ainda mudarão até que sejam colocadas em harmonia com as leis divinas.
764 Jesus ensinou: “Quem matou pela espada morrerá pela espada”. Essas palavras não são a consagração da pena de talião2 e a morte aplicada ao homicida não é a aplicação dessa pena?
– Tomai cuidado! Tendes vos enganado sobre essas palavras como sobre muitas outras. A pena de talião é a justiça de Deus; é Ele que a aplica. Todos vós sofreis a cada instante essa penalidade, porque sois punidos pelos erros que cometeis, nessa vida ou em outra; aquele que fez sofrer seus semelhantes estará numa posição em que ele mesmo sofrerá o que tiver causado. Esse é o sentido dessas palavras de Jesus, que também disse: “Perdoai aos vossos inimigos”, e ensinou a pedir a Deus para perdoar vossas ofensas como vós mesmos tiverdes perdoado,ou seja, na mesma proporção em que perdoardes. Deveis compreender bem isso.
765 O que pensar da pena de morte aplicada em nome de Deus?
– É tomar o lugar de Deus na justiça. Os que agem assim estão longe de compreender Deus e ainda têm muito a expiar. A pena de morte é também um crime quando aplicada em nome de Deus, e os que a ordenam são responsáveis por assassinato.

  1. Metamorfose: mudança ou troca de forma. Transformação, modificação, alteração (N. E.).
  2. Pena de talião: punição imposta na Antiguidade, pela qual se vingava o delito infligindo ao delinqüente o mesmo dano ou mal que ele praticara (N. E.).

Fonte: http://www.espirito.org.br/
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