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A Doutrina Espírita nos convida ao estudo; mas alerta-nos que sem Obras nunca seremos verdadeiramente ESPÍRITAS.

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domingo, 19 de setembro de 2010

A LIÇÃO DO MESTRE



Espírito Iracema
Médium: Olinda Gomes Pedreira


Jesus caminhava pelas estradas poeirentas da Galiléia... Absorto em seus pensamentos e orações, seguia mansamente, sempre acompanhado das criaturas interessadas em ouvi-lo e aprender com Ele.

Em certo trecho da estrada, eis que surge à frente, deitado no chão quente, um homem que se debatia, contorcendo-se e gritando por socorro. Jesus estacou junto a ele e logo os outros que O seguiam também cercaram-no sem saber o que fazer. Esperavam que o Mestre os orientasse sobre as providências tomar.

Jesus os olhou fixamente e aguardou em silêncio. Ninguém tomava alguma atitude em favor daquele homem.

Jesus esperou mais um pouco e, então, indagou:

- O que quereis? O que esperais para ajudar este irmão em sofrimento?

- Esperamos por Ti, Mestre, para que nos digas o que fazer...

- Pois não sabeis até agora o que deve ser feito? Precisais que eu vos diga? Esquecestes do mandamento maior que vos ensinei? - “Amai-vos uns aos outros e fazei aos outros o que quereríeis que vos fizessem” - Não foi assim que vos ensinei?

- Pois bem, o que o amor pelo vosso próximo vos sugere neste instante?

- Entrai em contato com vossos sentimentos, com vossa emoção, achegai-vos a este irmão, indagai o que se passa, o de que ele precisa, o que podeis fazer para ajudá-lo... Certamente ele vos dirá de alguma maneira e, então, podereis vos orientar no sentido de ajudá-lo. Será sede? Basta dar-lhe um pouco de água. Será fome? Daí-lhe um pouco de pão. Alguma dor física para socorrê-lo. E, se depois disso tudo, nada mais puderdes fazer para auxiliá-lo, oferecei-lhe o favor da prece, pedindo a Deus que reforce o vosso amor e a vossa misericórdia para que possais aliviá-lo.

Aprendamos sempre com Jesus e não deixemos de ajudar a quem quer que surja em nosso caminho nas estradas da Vida.

Que Jesus nos inspire e fortaleça!

A Caridade - Dezembro de 94


Fonte: http://www.mensagensespirituais.kit.net/index_arquivos/mensagens.htm

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

ASCENSÃO ESPIRITUAL



Pelo Espírito Joanna de Ângelis


Indiscutivelmente, a culpa resulta do grau de responsabilidade, da consciência do homem que pratica qualquer ação.

Em razão disso, a penalidade ou corretivo deve ser proporcional à capacidade, à resistência do infrator.

Quando a criatura sofre sem conhecimento das causas que a levam à aflição, raramente logra forças para superar-se e suportar com resignação as suas dores.

Eis porque, ante a conjuntura ou situação dolorosa que atinge os homens, somente se pode entender, ante a divina justiça, que se a causa dos padecimentos não se encontra na existência atual, está, sem dúvida, em precedentes reencarnações.

Repetem-se as vidas corporais para o Espírito, quantas vezes se fazem necessárias para o seu burilamento, a sua plenitude.

Cada etapa reparo os erros da fase anterior, ao mesmo tempo contribuindo para a aquisição de valores e experiências que necessitam ser armazenadas e que contribuem, poderosamente, para a evolução do homem.

Sem este processo, no qual se manifestam a excelsa justiça e o soberano amor, a vida inteligente perderia o sentido e a criatura humana se transformaria em joguete de caprichosas e incontroladas mãos que lhe conduziriam o destino.

Se não compreendes o porquê das tuas dores atuais, ausculta a consciência e ela te inspirará a entender as causas anteriores, ajudando-te a suportá-las e vencê-las bem.

O sofrimento não tem exclusiva finalidade corretiva, senão educadora, abrindo percepções e facultando valores que não seriam conhecidos sem o seu contributo.

Não menosprezes, por essa razão, a fragilidade orgânica, a celeridade com que transcorre cada ciclo das reencarnações.

Aproveita, quanto possas, as ensanchas que se te apresentem, reunindo experiências positivas, recuperando lições perdidas, realizando trabalhos valiosos.

A pessoa odienta que te molesta; a dificuldade persistente que te perturba; a enfermidade pertinaz que te não abandona; o problema que não dilui; a dor que te estiola; a solidão que te martiriza; a angústia, de origem desconhecida, que te dilacera; a pobreza que te preocupa; a limitação desta ou daquela natureza que te aflige; a inquietação que te espezinha, têm suas raízes em comportamentos infelizes de que te olvidaste, sem os solucionar, e que ora chegam, oferecendo-te ensejo de reparação e de paz íntima.

A conquista da tranqüilidade impõe como condição precípua a ausência de culpa, por falta de delito praticado ou como decorrência de erro regularizado.

Ninguém que consiga felicidade real, sem as condições de mérito advindo das ações nobres realizadas.

Os que se apresentam ditosos, tranqüilos e não merecem, assim se apresentam, aquinhoados por dádivas de acréscimo que todos recebem e nem sempre utilizam como devem, incidindo, então, na compulsória de adquirirem pela dor, o que não realizaram pelo amor.

“- O meu fardo é leve - disse Jesus - e suave é o meu jugo.”

Com Jesus, todas as injunções de prova e dor transformam-se em bênçãos, graças às mercês de que se fazem portadoras.

Sob o Seu compassivo olhar e nas Suas mãos misericordiosas, o homem que se Lhe doa, supera-se e penetra-se de paz, mediante o amor e a resignação, de que dá mostras no empreendimento da própria ascensão espiritual.


De “Otimismo”, de Divaldo P. Franco


Fonte: http://www.mensagensespirituais.kit.net/index_arquivos/mensagens.htm

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

INTELIGÊNCIA E AMOR



Joanna de Ângelis


Instrumentos de incrível precisão singram os espaços infinitos...


Técnicas avançadas são postas a serviço da inteligência para atenderem aos vôos da imaginação exaltada...


Cálculos incomparáveis ampliam os horizontes da Matemática a fim de atenderem às exigências da indagação hodierna.


E o homem, ávido de novos rumos, avança para fora da órbita do domicílio em que se encontra engastado, na Terra, procurando soluções que, no entanto, se encontram nele mesmo, se se dispuser a mergulhar nos labirintos da alma para decifrar os enigmas que o afligem.


Todavia, a inteligência, aplicada na elucidação dos inquietantes quesitos da vida, tem-se divorciado do sentimento para prejuízo do homem mesmo, que se atormenta, cada dia e a toda hora, vítima da própria irresponsabilidade.


É que a chama do intelecto não prescinde do óleo do coração, para arder com a potência necessária à produção de luz e calor, suficientes para manterem o lume de felicidade.


E quando aquele se desenvolve sem o combustível deste, incêndio voraz irrompe na máquina da ordem tudo devorando, tudo destruindo, ou, por falta dos elementos combustíveis, a paralisia tudo condena ao aniquilamento.


Por isso, se a Astronáutica intenta colocar o homem no satélite da Terra ou nos planetas vizinhos, projéteis balísticos são testados, diariamente, em franca ameaça à civilização que os fabrica.


Enquanto belonaves aéreas cruzam os espaços, encurtando as distâncias em nome do conforto e da pressa, radares ultra-sensíveis comandam teleguiados que podem destruí-los quando utilizados com outras finalidades.


Cidades flutuantes que competem em conforto e luxo com as grandes Metrópoles de terra, edificadas para o ócio e o gozo, cruzam os mares acondicionando prazer e fortuna; no entanto, sonares ativos favorecem torpedos que as desmoronam, tudo transformando em ferro retorcido e ruína que as águas sepultam...


... E a carreira armamentista se processa em termos indescritíveis...


Quando o coração se converte ao bem, a inteligência se desdobra em serviço nobre e enovador.


Há dois mil anos já, as mãos de Jesus, atendendo ao impositivo da sua mente excelsa, semeou as estrelas da caridade - filhas do amor - nos céus escuros das consciências, como um sol gentil a adornar de luz o firmamento...


É imperativo consorciar mente e sentimento nas esferas do trabalho, para que a vida se converta, no Orbe, em estância de harmonia e paz.


Para tanto se faz imprescindível que cada cristão atenda ao programa que lhe compete.


A sociedade tem início na família, e esta começa no indivíduo.


Se o cristão em atividade não dispõe de bastante serenidade para atender às questiúnculas que o surpreendem, com o tirocínio que dele se espera, não está preparado para participar da família ampliada...


Se ingere altas doses de cólera e verte volumosa quantidade de desacato, não pode contribuir para um mundo melhor, uma sociedade mais feliz.


Se reage ao invés de agir, é peça desajustada na máquina do progresso.


A mensagem cristã atualizada pelo Espiritismo é roteiro pacificador, diretriz equilibrante, via de segurança...


Imperiosa ordem, disciplina, obediência às instruções da Boa Nova para resultados salutares, eficientes.


Quem não se domina, é incapaz de dirigir...


Quem não sabe obedecer, não dispõe de valor para orientar...


Por essa razão é necessário harmonizar lucidez da mente com emoção sentimental, para o real equilíbrio.


A paz do mundo é serva da paz do lar, e esta é escrava da paz do homem...


A grande máquina depende de humildes parafusos ou pequeninos minérios que as ajustam.


Jesus, falando às multidões, utilizou-se das imagens humildes e conhecidas do povaréu; nas sinagogas selecionou expressões compatíveis com o conhecimento dos interlocutores que o inquiriram; diante, no entanto, da empáfia e parvolice, elegeu o silêncio e o trabalho como respostas serenas, inconfundíveis, amando, porém, indistintamente.


E o Espiritismo, que no-Lo traz de volta na atualidade, se fala a elevada linguagem da Filosofia e da Ciência, atendendo às imperiosas questões do momento, também repete a singela linguagem que é roteiro para todas as épocas:


"Fazei a outrem o que desejardes que outrem vos faça", exaltando o amor ao lado das conquistas valiosas da inteligência.



Livro:Dimensões da Verdade

Psicografia:Divaldo Franco


Fonte: http://www.mensagensespirituais.kit.net/index_arquivos/mensagens.htm



segunda-feira, 13 de setembro de 2010

JESUS E OBSESSÃO


Emmanuel


Cristãos eminentes, em variadas escolas do Evangelho, asseveram na atualidade que o problema da obsessão teria nascido no culto da mediunidade, à luz da Doutrina Espírita, quando a Doutrina Espírita é o recurso para a supressão do flagelo.

Malham médiuns, fazem sarcasmo, condenam a psicoterapia em favor dos desencarnados sofredores e, por vezes, atinge o disparate de afirmar que a prática medianímica estabelece a loucura.

Esquecem-se, no entanto, de que a vida de Jesus, na Terra, foi uma batalha constante e silenciosa contra obsessões, obsidiados e obsessores.

O combate começa no alvorecer do apostolado divino.

Depois da resplendente consagração na manjedoura, o Mestre encontra o primeiro grande obsidiado na pessoa de Herodes, que decreta a matança de pequeninos, com o objetivo de aniquilá-lo.

Mais tarde, João Batista, o companheiro de eleição que vem ao mundo secundar-lhe a obra sublime, sucumbe degolado, em plena conspiração de agentes da sombra.

Obsessores cruéis não vacilam em procurá-lo, nas orações do deserto, verificando-lhe os valores do sentimento.

A cada passo, surpreende Espíritos infelizes senhoreando médiuns desnorteados.

O testemunho dos apóstolos é sobejamente inequívoco.

Relata Mateus que os obsidiados gerasenos chegavam a ser ferozes; refere-se Marcos ao obsidiado de Cafarnaum, de quem desventurado obsessor se retira clamando contra o Senhor em grandes vozes; narra Lucas o episódio em que Jesus realiza a cura de um jovem lunático, do qual se afasta o perseguidor invisível, logo após arrojar o doente ao chão, em convulsões epileptóides; e reporta-se João a israelitas positivamente obsidiados, que apedrejam o Cristo, sem motivo, na chamada Festa da Dedicação.

Entre os que lhe comungam a estrada, surgem obsessões e psicoses diversas.

Maria de Magdala, que se faria a mensageira da ressurreição, fora vitima de entidades perversas.

Pedro sofria de obsessão periódica.

Judas era enceguecido em obsessão fulminante.

Caifás mostrava-se paranóico.

Pilatos tinha crises de medo.

No dia da crucificação, vemos o Senhor rodeado por obsessões de todos os tipos, a ponto de ser considerado, pela multidão, inferior a Barrabás, malfeitor e obsesso vulgar.

E, por último, como se quisesse deliberadamente legar-nos preciosa lição de caridade para com os alienados mentais, declarados ou não, que enxameiam no mundo, o Divino Amigo prefere partir da Terra na intimidade de dois ladrões, que a ciência de hoje classificaria por cleptomaníacos pertinazes.

À vista disso, ante os escarnecedores de todos os tempos, eduquemos a mediunidade na Doutrina Espírita, porque só a Doutrina Espírita é luz bastante forte, em nome do Senhor, para clarear a razão, quando a mente se transvia, sob o fascínio das trevas.


Psicografia de Francisco Cândido Xavier.



Fonte: http://www.mensagensespirituais.kit.net/index_arquivos/mensagens.htm

ORIENTAÇÃO



Emmanuel

Meu irmão:
Que Jesus nos abençoe a todos, fortalecendo-nos nas realizações de seu Reino Divino.
O caminho é ainda o mesmo – não temos roteiro diferente daquele tragado pelo Divino Mestre a nossa atividade.
Servir sem recompensa.
Amar sem reclamações.
Amparar aqueles que nos ferem.
Auxiliar aos que não nos compreendem ainda.
Orar pelos que tentam perturbar-nos.
Levantar os que caem ao longo dos caminhos. Viver os ensinamentos do bem, antes de transmiti-los a outrem.
Edificar o Reino do Senhor, dentro de nós mesmos, sem exigirmos a construção evangélica dos vizinhos.
Converter-nos substancialmente ao bem; com o Cristo colaborar na paz de todos, sem esperar retribuição do próximo.
Confiarmos em Jesus, ainda que tudo constitua ameaça em derredor.
Estes, meu amigo, são princípios de nossa orientação que não devemos menosprezar em tempo algum.
Prossegue, com a tua sinceridade de aprendiz fiel do Evangelho, através do caminho áspero.
Não te desvie a tempestade que modifica e renova os quadros em torno.
Acende a tua luz e serve ao Senhor, servindo às criaturas.
Na realização deste sagrado propósito reside, hoje, aqui e agora, a nossa imediata missão.
Que o Senhor te abençoe.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


Fonte: http://www.mensagensespirituais.kit.net/index_arquivos/mensagens.htm

domingo, 12 de setembro de 2010

REGRESSÃO DE MEMÓRIA



Emmanuel


“Se fomos trazidos à Terra para esquecer o nosso passado, valorizar o presente e preparar em nosso benefício o futuro melhor, por que provocar a regressão da memória do que fomos ou fizemos, simplesmente por questões de curiosidade vazia, ou buscar aqueles que foram nossos companheiros, a fim de regressar aos desequilíbrios que hoje resgatamos?"

A nossa própria existência atual nos apresentará as tarefas e provas que, em si, são a recapitulação de nosso passado em nossas diversas vidas, ou mesmo somente de nossa passagem última na Terra, fixada no mundo físico, curso de regeneração em que estamos integrados nas chamadas provações de cada dia.

Por que efetuar a regressão da memória, unicamente para chorar a lembrança dos pretéritos episódios infelizes, ou exibirmos grandeza ilusória em situações que, por simples desejo de leviana retomada de acontecimentos fomos protagonistas,se já sabemos, especialmente com Allan Kardec, que estamos eliminando gradativamente as nossas imperfeições naturais ou apagando o brilho falso de tantos descaminhos que apenas induzirão a erros que não mais desejamos repetir?

Sejamos sinceros e lancemos um olhar para nossas tendências.”


Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Boletim Fraterno - Novembro e Dezembro de 1998


Extraído do site: http://www.mensagensespirituais.kit.net/index_arquivos/mensagens.htm

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

CASAMENTO E FAMÍLIA


Diante das contestações que se avolumam, na atualidade, pregando a reforma dos hábitos e costumes, surgem os demolidores de mitos e de Instituições, assinalando a necessidade de uma nova ordem que parece assentar as suas bases na anarquia.

A onda cresce e o tresvario domina, avassalador, ameaçando os mais nobres patrimônios da cultura, da ética e da civilização, conquistados sob ônus pesados, no largo processo histórico da evolução do homem.

Os aficionados de revolução destruidora afirmam que os valores ora considerados, são falsos, quando não falidos, e que os mesmos vêm comprimindo o indivíduo, a sociedade e as massas, que permanecem jungidos ao servilismo e à hipocrisia, gerando fenômenos alucinatórios e mantendo, na miséria de vários matizes, grande parte da humanidade.

Entre as Instituições que, para eles, se apresentam ultrapassadas, destacam o matrimônio e a família, propondo a promiscuidade sexual, que disfarçam com o nome de "amor livre", e a independência do jovem, imaturo e inconseqüente, sob a justificativa de liberdade pessoal, que não pode nem deve ser asfixiada sob os impositivos da ordem, da disciplina, da educação...

Excedendo-se, na arbitrariedade das propostas ideológicas ainda não confirmadas pela experiência social nem pela convivência na comunidade, afirmam que a criança e o jovem não são dependentes quanto parecem, podendo defender-se e realizar-se, sem a necessidade da estrutura familiar, o que libera os pais negligentes de manterem os vínculos conjugais, separando-se tão logo enfrentam insatisfações e desajustes, sem que se preocupem com a prole.

Não é necessário que analisemos os problemas existenciais destes dias, nem que façamos uma avaliação dos comportamentos alienados, que parecem resultar da insatisfação, da rebeldia e do desequilíbrio, que grassam em larga escala.

A monogamia é conquista de alto valor moral da criatura humana, que se dignifica pelo amor e respeito ao ser elegido, com ele compartindo alegrias e dificuldades, bem-estar e sofrimentos, dando margem às expressões da afeição profunda, que se manifesta sem a dependência dos condimentos sexuais, nem dos impulsos mais primários da posse, do desejo insano.

Utilizando-se da razão, o homem compreende que a vida biológica é uma experiência muito rápida, que ainda não alcançou biótipos de perfeição, graças ao que, é frágil, susceptível de dores, enfermidades, limitações, sendo, os estágios da infância como o da juventude, preparatórios para os períodos do adulto e da velhice.

Assim, o desgaste e o abuso de agora tornam-se carência e infortúnio mais tarde, na maquinaria que deve ser preservada e conduzida com morigeração.

Aprofundando o conceito sobre a vida, se lhe constata a anterioridade ao berço e a continuidade após o túmulo, numa realidade de interação espiritual com objetivos definidos e inamovíveis, que são os mecanismos inalienáveis do progresso, em cujo contexto tudo se encontra sob impositivos divinos expressos nas leis universais.

Desse modo, baratear, pela vulgaridade, a vida e atirá-la a situações vexatórias, destrutivas, constitui crime, mesmo quando não catalogado pelas leis da justiça, exaradas nos transitórios códigos humanos.

O matrimônio é uma experiência emocional que propicia comunhão afetiva, da qual resulta a prole sob a responsabilidade dos cônjuges, que se nutrem de estímulos vitais, intercambiando hormônios preservadores do bem estar físico e psicológico. Não é, nem poderia ser, uma incursão ao país da felicidade, feita de sonhos e de ilusões.

Representa um tentame, na área da educação do sexo, exercitando a fraternidade e o entendimento, que capacitam as criaturas para mais largas incursões na área do relacionamento social. Ao mesmo tempo, a família constitui a célula experimental, na qual se forjam valores elevados e se preparam os indivíduos para uma convivência salutar no organismo universal, onde todos nos encontramos fixados.

A única falência, no momento, é a do homem, que se perturba, e, insubmisso, deseja subverter a ordem estabelecida, a seu talante, em vãs tentativas de mudar a linha do equilíbrio, dando margem às alienações em que mergulha.

Certamente, muitos fatores sociológicos, psicológicos, religiosos e econômicos contribuíram para este fenômeno. Não obstante, são injustificáveis os comportamentos que investem contra as Instituições objetivando demoli-las, ao invés de auxiliar de forma edificante em favor da renovação do que pode ser recuperado, bem como da transformação daquilo que se encontre ultrapassado.

O processo da evolução é inevitável. Todavia, a agressão, pela violência, contra as conquistas que devem ser alteradas, gera danos mais graves do que aqueles que se buscam corrigir. O lar, estruturado no amor e no respeito aos direitos dos seus membros, á a mola propulsionadora do progresso geral e da felicidade de cada um, como de todos em conjunto.

Para esse desiderato, são fixados compromissos de união antes do berço, estabelecendo-se diretrizes para a família, cujos membros se voltam a reunir com finalidades específicas de recuperação espiritual e de crescimento intelecto-moral, no rumo da perfeição relativa que todos alcançarão.

Esta é a finalidade primeira da reencarnação.

A precipitação e desgoverno das emoções respondem pela ruptura da responsabilidade assumida, levando muitos indivíduos ao naufrágio conjugal e á falência familiar por exclusiva responsabilidade deles mesmos.

Enquanto houver o sentimento de amor no coração do homem --- e ele sempre existirá, por ser manifestação de Deus ínsita na vida --- o matrimônio permanecerá, e a família continuará sendo a célula fundamental da sociedade.

Envidar esforços para a preservação dos valores morais, estabelecidos pela necessidade do progresso espiritual, é dever de todos que, unidos, contribuirão para uma vida melhor e uma humanidade mais feliz, na qual o bem será a resposta primeira de todas as aspirações.

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Antologia Espiritual. Ditado pelo Espírito Benedita Fernandes.

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