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A Doutrina Espírita nos convida ao estudo; mas alerta-nos que sem Obras nunca seremos verdadeiramente ESPÍRITAS.

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domingo, 10 de agosto de 2014

CAPAS


"E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se e foi ter com Jesus." - (MARCOS, 10:50.)

O Evangelho de Marcos apresenta interessante notícia sobre a cura de Bartimeu, o cego de Jericó. Para receber a bênção da divina aproximação, lança fora de si a capa, correndo ao encontro do Mestre, alcançando novamente a visão para os olhos apagados e tristes.

Não residirá nesse ato precioso símbolo?

As pessoas humanas exibem no mundo as capas mais diversas. Existem mantos de reis e de mendigos. Há muitos amigos do crime que dão preferência a “capas de santos”. Raros os que não colam ao rosto a máscara da própria conveniência. Alega-se que a luta humana permanece repleta de requisições variadas, que é imprescindível atender à movimentação do século; entretanto, se alguém deseja sinceramente a aproximação de Jesus, para a recepção de benefícios duradouros, lance fora de si a capa do mundo transitório e apresente-se ao Senhor, tal qual é, sem a ruinosa preocupação de manter a pretensa intangibilidade dos títulos efêmeros, sejam os da fortuna material ou os da exagerada noção de sofrimento. A manutenção de falsas aparências, diante do Cristo ou de seus mensageiros, complica a situação de quem necessita. Nada peças ao Senhor com exigências ou alegações descabidas. Despe a tua capa mundana e apresenta-te a Ele, sem mais nem menos.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Caminho, Verdade e Vida'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. 

Extraído de: http://anjo-de-resgate.blogspot.pt

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

UNIÃO ESTÁVEL À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA - Walter José de Carvalho Bezerra


Realmente não existem coincidências. No Universo, a Inteligência Suprema que a tudo e todos dirige, traça um plano individual e coletivo para toda a humanidade, em todos os planos e mundos, conhecidos e desconhecidos dos sentidos limitados dos homens de nosso planeta. Portanto, concordamos em que não existe o "acaso". Também não acreditamos no destino da maneira como tem sido forjado pela mente humana.
Acreditamos no Amor. Acreditamos na Lei de Reprodução, Justiça, Amor e Caridade. Acreditamos que os espíritos, encarnados e desencarnados, se buscam nas multidões deste Universo fantástico e magnífico. Em "O Livro dos Espíritos", na pergunta 386, encontramos: "Podem dois seres que se conheceram e estimaram encontrar-se em outra existência corporal e reconhecer-se?" A resposta dos Espíritos Superiores dada a Allan Kardec foi: "Reconhecer-se não. Podem, porém, sentir-se atraídos um pelo outro. E, freqüentemente, diversa não é a causa de íntimas ligações fundadas em sincera afeição. Os dois seres se aproximam devido a circunstâncias aparentemente fortuitas, mas que na realidade, resultam da atração de dois Espíritos, que se buscam reciprocamente por entre a multidão" (grifos nosso) . Só que, na verdade, podem não ter se conhecido em outras existências, mas são espíritos afins ou por ideais ou por sentimentos ou por necessidades. São espíritos simpáticos. Não podemos esquecer que isto não quer dizer estarem no caminho do bem. Nossos sentimentos, objetivos e idéias podem estar distorcidos, não acompanhando a Lei Divina. Como também podemos dizer: Somos antipáticos àquele grupo. Mas isso acontece porque nossas idéias se contrapõem às deles, por já conhecermos ou recordarmos a Lei de Deus, que está gravada em nossa consciência.Também acreditamos que dois espíritos possam encarnar para um dia se encontrarem e muito se amarem. Existem, sim, conforme citado por Saulo de Tarso do CEPEAK, as uniões, provacionais,sacrificiaisafins e transcendentais. A maioria das uniões são provacionais, onde duas almas se encontram em processo de reajustamento. Daí as desarmonias, a desconfiança, os conflitos.Mas, também, entendemos que o verdadeiro casamento ou união é o casamento ou união de “almas”. Os outros são relações de amizade, ajuda mútua ou mesmo ajuste de contas. A união sacrificial é aquela em que uma alma iluminada se propõe a ajudar uma alma que se atrasou na sua jornada evolutiva. A união afim é aquela que reúne almas esclarecidas que muito se amam. As pessoas sentem como que se já tivessem se encontrado antes. E o amor é profundo, em paz e harmonia. A união transcendente é aquela de almas engrandecidas no bem que se reencontram no plano físico para grandes realizações. Não importam, nestes casos (afins e transcendência), as diferenças culturais ou sociais. Ao longo de nossa existência e trabalho na Seara Espírita e dedicação a estudos e pesquisas, seja no espiritismo experimental, filosofia ou religião, chegamos também a conclusão que, a medida em que o homem evolui do Reino Hominal para o Reino Espiritual, sem hipocrisia, como nos alerta o Prof. José Herculano Pires, e agindo de acordo com as Leis Divinas (Leis Naturais), mesmo as pessoas casando-se mais de uma vez, para o plano maior o que vale é o casamento de almas, ou seja, a combinação vibratória de dois seres (humanos) que se amam.
Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, não punirá seus filhos por muito amarem ou se reencontrarem em alguma destas novas viagens, mesmo quando as condições dos homens, na atualidade, com suas Leis Sociais adequadas apenas à sua ânsia de poder, sejam as mais adversas possíveis.
O que se condena são os excessos, a promiscuidade, as desculpas de que agora se encontrou a “alma gêmea” para se cometer abusos e enganar os incautos. O que a Doutrina Espírita, enquanto moral cristã, apregoa é a paciência, tolerância, abnegação, resignação, fraternidade, ajuda aos nossos semelhantes e em especial aos nossos parceiros de labuta diária, especialmente se temos filhos, presentes de Deus que temos sob nossa responsabilidade de educar e formar para o porvir.
Acreditamos que o matrimônio ou união estável verdadeiramente só se realiza com acerto e em virtude de mútua simpatia. Assim, com afinidade e transcendência, será uma união perfeita e inseparável, um laço forte que prenderá os casais pela eternidade afora.
Sabemos que nos tempos antigos a existência de muitos filhos era considerada uma grande riqueza. As mulheres estéreis eram, por sua vez, perseguidas. Daí Móises ter consentido na “carta de divórcio”. O Homem-Jesus objetivando coibir esse abuso procurou remediar e disse: “Eu, porém vos digo que aquele que repudiar sua mulher a não ser por motivo de adultério e casar com outra, comete adultério; assim como aquele que casar com uma mulher repudiada, também comete adultério”.
Ora, para Deus nada valem os corpos; só os Espíritos valem. Entendemos, então, que a união do homem e da mulher será então ao mesmo tempo a união de dois corpos para a reprodução, todavia determinada por poderosa e irresistível simpatia, uma aliança que se efetive para sustentação e apoio mútuos, no desempenho dos encargos da existência, dos sofrimentos e dos infortúnios, na inteligência de Faride Moutran do FEEU de Porto Alegre.
Concluímos que o matrimônio e/ou a União Estável de dois seres que se amam, realizados com amor sublime, puro e verdadeiro, com base nas grandes famílias espirituais das quais fazemos parte, será uma união indissolúvel de dois espíritos em cumprimento às palavras do Divino Mestre: “Já não são dois, mas uma só carne; não separe o homem o que Deus uniu”.
Que Deus abençoe todas as uniões realizadas com pureza d’alma, com simpatia plena, sem provocar dores e sofrimentos e, com profundo respeito aos que não continuarão conosco as jornadas ainda a serem trilhadas.
Somos, em fim, uma grande família e irmãos em Cristo, filhos do mesmo Pai, e, portanto, evitemos os ódios e rancores que provocam as separações traumatizantes, evitemos o desprezo de nossos filhos e, por fim, evitemos os desgostos dos familiares carnais, para que não construamos novos débitos na contabilidade divina.
Conclamamos todos os irmãos a agirem com equilíbrio e sabedoria na constituição de suas uniões, seja pelo matrimônio, seja àquelas denominadas estáveis, seja na manutenção das antigas uniões, seja na constituição de novas famílias, a partir de famílias pré-existentes. Mas, não olvidemos jamais que o homem está neste globo terrestre para crescer e se desenvolver espiritualmente, para ser feliz, e neste contexto a família, pelo matrimônio e/ou união estável é o pilar, o sustentáculo para evolução da humanidade.

Fontes:
  • O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec – Ed. FEB.- 109ª Edição, 1994.
  • O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Ed. IDE, 119ª Edição, 1998.
  • Curso Dinâmico de Espiritismo – O grande desconhecido – José Herculano Pires - Ed. Paidéia – 2ª Edição, 1982.
  • Bíblia Sagrada – Edição Missionária – Tradução de João Ferreira de Almeida Atualizada no Brasil, 2ª Edição, São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.
  • Jornal do CEPEAK – MAI/JUN –2002 –Tipos de Casamento e a Sociedade Pág. 8 - Artigo de Saulo de Tarso.
  • Imitação do Evangelho – FEEU – 1ª Ed. Julho 1976 – Faride Moutran – Prefácio de Edgard Armond em 24.12.1971 e com brilhante Parecer do Prof. J. Herculano Pires, em 2.03.1972.

✿❤✿ Michel Pépé - Elixir d'Amour - Retrouvailles
https://www.youtube.com/watch?v=pkWpsNffVi4

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

DINHEIRO

"Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e, nessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." - Paulo. (I TIMÓTIO, 6:10.)

Paulo não nos diz que o dinheiro, em si mesmo, seja flagelo para a Humanidade.
Várias vezes, vemos o Mestre em contacto com o assunto, contribuindo para que a nossa compreensão se dilate. Recebendo certos alvitres do povo que lhe apresenta determinada moeda da época, com a efígie do imperador romano, recomenda que o homem dê a César o que é de César, exemplificando o respeito às convenções construtivas. Numa de suas mais lindas parábolas, emprega o símbolo de uma dracma perdida. Nos movimentos do Templo, aprecia o óbolo pequenino da viúva.
O dinheiro não significa um mal. Todavia, o apóstolo dos gentios nos esclarece que o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males. O homem não pode ser condenado pelas suas expressões financeiras, mas, sim, pelo mão uso de semelhantes recursos materiais, porquanto é pela obsessão da posse que o orgulho e a ociosidade, dois fantasmas do infortúnio humano, se instalam nas almas, compelindo-as a desvios da luz eterna.
O dinheiro que te vem às mãos, pelos caminhos retos, que só a tua consciência pode analisar à claridade divina, é um amigo que te busca a orientação sadia e o conselho humanitário. Responderás a Deus pelas diretrizes que lhes deres e ai de ti se materializares essa força benéfica no sombrio edifício da iniquidade!
Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Caminho, Verdade e Vida'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

AOS QUE DESEJAM DESISTIR


Dias há nos quais tens a impressão de que mesmo a luz do sol parece fraca, sem que consiga brilharnos panoramas do teu caminho.
Tudo são inquietações e ansiedades que pareciam vencidas e que retornam como fantasmas ameaçadores, gerando clima de sofrimento interior.
Nessas ocasiões, tudo corre mal. Acontecem insucessos imprevistos e contrariedades surgem de muitas situações que se amontoam, transformando-se em obstáculo cruel de difícil transposição.
Surgem aflições em família que navegava em águas de paz, repontam problemas de conjuntura grave em amigos que te buscam socorros imediatos e, como se não bastassem, a enfermidade chega e se assenhoreia da frágil esperança que, então, se faz fugidia.
Nessa roda-viva, gritas interiormente por paz e sentes indescritível necessidade de repouso.
A morte se te afigura uma bênção capaz de liberar-te de tantas dores!...
Refaze, porém, a observação.
Tudo são testemunhos necessários à fortaleza espiritual, indispensáveis à fixação dos valores transcendentes.
Não fora isso, porém, todas essas abençoadas oportunidades de resgate, e a vida calma amolentaria o teu caráter, conspirando contra a paz porvindoura, por adiar o instante em que ela se instalaria no teuíntimo.
Quando tudo corre bem em volta de nós e de referência a nós não nos dói a dor alheia nem nos aflige a aflição do próximo.
Perdemos a percepção para as coisas sutis da vida espiritual, a mais importante e, desse modo, nos desviamos da rota redentora.
Não te aborreças, pois, com os acontecimentos afligentes que independem de ti.
A família segue adiante, o amor muda de domicílio, a doença desaparece, a contrariedade se dilui, a agressão desiste, a inquietude se acalma se souberes permanecer sereno ante toda dor que te chegue, enquanto no círculo de fé sublimas aspirações e retificas conceitos.
Continua fiel no posto, operário anônimo do bem de todos, e espera.
Os ingratos que se acreditaram capazes de te esquecer lembrar-se-ão e possivelmente retornarão.
Os amigos que te deixaram; os amores que te não corresponderam; aqueles que te não quiseram compreender; quantos zombaram da tua fraqueza e ridicularizaram tua dor envolta nos tecidos da humildade; os que investiram contra os teus anseios voltarão, tornarão sim, pois ninguém atinge a plenitude da montanha sem a vitória pelo vale que necessita ser vencido.
Tem calma! Silencia a revolta!
*   *   *
Por que desistir da vida, se ela nunca desiste de nós?
Por que desistir dessa grande oportunidade, se ela foi tão arduamente conquistada por nós, antes de voltarmos a nascer?
Sabíamos das provas que iríamos enfrentar aqui, aliás, viemos aqui justamente para isso, para suportar, e suportando com bravura, crescer interiormente.
Se não são as provas que nos assustam, mas sim expiações duríssimas que a lei nos impõe, encaremo-las como o momento da redenção, da libertação do sofrimento prolongado e indefinido.
O segredo da felicidade não está na vida de mansuetude, mas nas vitórias logradas sobre as batalhas diárias.
Cada vitória, uma felicidade a mais.
Aos que desejam desistir, força sempre! Quem resiste bravamente cresce e é feliz, mesmo em meio aos desafios.

Redação do Momento Espírita,com base no cap. 42, do livro Lampadário espírita, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. FEB. Em 5.8.2014.

Michel Pépé - L'eau De Cristal‏
https://www.youtube.com/watch?v=WeRE9FSQDYE

sábado, 2 de agosto de 2014

NÃO DEIXE PARA DEPOIS


O pai de família chegou em casa e se sentou à mesa com as contas do mês a pagar, e algumas já vencidas, quando seu filhinho, cheio de alegria, entrou correndo na sala e disse com entusiasmo:
Feliz aniversário, papai! Mamãe disse que você está completando cinquenta e cinco anos hoje, por isso eu vou lhe dar cinquenta e cinco beijos, um para cada ano.
O garoto começou a fazer o que prometera, quando o pai exclamou:
Oh! Filho, agora não! Estou tão ocupado!
O menino fez silêncio imediato. Mas o seu gesto chamou a atenção do aniversariante.
Olhando-o, o pai percebeu que havia lágrimas em seus grandes olhos azuis.
Desculpando-se, disse ao filho: Você pode terminar amanhã.
O menino não respondeu e não foi capaz de disfarçar o seu desapontamento, enquanto se afastava.
Naquela mesma noite o pai lhe falou: Venha cá e termine de me dar seus beijos agora, filho.
Ou ele não ouviu ou não estava mais com vontade, pois não atendeu ao pedido.
Dois meses depois, um acidente levou o garoto. Seu corpo foi sepultado num pequeno cemitério, perto do lugar onde ele gostava de brincar.
Aquele pai constantemente se sentava ao lado do túmulo do seu pequeno e, observando a natureza, pensava consigo mesmo:
O canto do sabiá não é mais doce que a voz do meu filho, e a rolinha que canta para os seus filhotes não é tão gentil como o menininho que deixou de completar a sua declaração de amor.
Ah! Se eu pudesse ao menos lhe dizer como me arrependo daquelas palavras impensadas, e como o meu coração está doendo agora por causa de minha falta de delicadeza.
Hoje eu fico aqui sentado, pensando em como pude não retribuir seu afeto, e entristeci seu pequeno coração, cheio de ternura.
*   *   *
Às vezes, por motivos banais, deixamos passar oportunidades únicas, que jamais se repetirão em nossas vidas.
São momentos em que uma distração qualquer nos afasta do abraço afetuoso de um ser querido...
Um compromisso, que poderíamos adiar, nos impede de ficar um pouco mais com alguém que nos deixará em breve...
Depois, como aconteceu ao pai que recusou os beijos do filho, só resta a dor do arrependimento.
E essa dor é como um fogo que queima sem consumir.
E não é necessário que a pessoa a quem negamos nossa atenção seja arrebatada pela morte, para que sintamos o desconforto do arrependimento.
Quantos filhos deixam de procurar os pais, por falta de atenção, e se vão, em busca de alguém que ouça seus desabafos ou responda suas perguntas.
Quantas esposas se fecham no mutismo, depois de várias tentativas de diálogo com o companheiro indiferente ou frio.
Quantos esposos se isolam, após tentativas frustradas de entendimento.
Por todas essas razões, vale a pena prestar atenção nos braços que se distendem para um abraço, os lábios que se dispõem para um beijo, as mãos que se oferecem para um carinho.
*   *   *
Um gesto de ternura deve ser sempre bem recebido, mesmo que estejamos sobrecarregados, cansados, sem vontade de atender.
Uma demonstração de amor é sempre bem-vinda, para dar novo colorido às nossas horas, ao nosso dia a dia, às nossas lutas.
O amor, quando chega, dissipa as trevas, clareia o caminho, perfuma o ambiente e refaz o ânimo de quem lhe recebe a suave visita.
Pense nisso!
Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria ignorada. Disponível no cd Momento Espírita, v. 7 e no livro Momento Espírita, v. 3,  ed. Fep. Em 13.04.2012.

SER FELIZ


Você conhece alguém que não queira ser feliz?
Já se deparou com quem quer que seja, que não tenha a clara convicção de que deseja ser feliz?
Salvo alguém com algum tipo de distonia emocional, todos temos esse profundo desejo.
Porém, o que nos faz felizes? O que efetivamente constrói a nossa felicidade e nos realiza?
Por incrível que pareça, muitos não sabemos definir o que nos proporciona felicidade.
Assim, como não refletimos sobre nossa felicidade, compramos a receita da felicidade alheia.
Por falta de um conceito próprio, compramos uma ideia de felicidade que não é nossa, na crença de que, com isso, seremos felizes.
Quantos escolhemos a profissão, simplesmente, pelo status que confere, pelo reconhecimento social ou pela possibilidade de enriquecer?
Esquecemos de que, antes de qualquer coisa, deve ser fonte de prazer, de realização pessoal, de um sonho de vida.
Como resultado, nos tornamos profissionais infelizes, insatisfeitos, contando os dias para a aposentadoria.
Quantos abrimos mão do convívio com a família, das horas de descanso com os filhos e cônjuge para trabalhar mais, enriquecer mais rápido, adquirir mais bens e aumentar nosso patrimônio?
Esquecemos, no entanto, que algumas alegrias e prazeres, embora não sejam contabilizados no patrimônio ou discriminados na declaração de bens, não possuem preço nem moeda que os compre.
Não percebemos que, assim agindo, nos tornamos pessoas abarrotadas de bens e vazias do essencial.
Alguns consumimos anos de nossa vida alimentando rancores e ódios, desejos de vingança e malquerença contra alguém por algum constrangimento, um desaforo, um deslize.
Fixamo-nos em um momento de nossa vivência emocional, e nos acorrentamos em uma história que ficamos a remoer, perdendo o ensejo de continuar a vida, de refazer valores e conceitos, melhorando e aprendendo com as situações infelizes.
Nem notamos como nos permitimos transformar em pessoas amargas, pessimistas, de difícil trato e convivência.
Construir a própria felicidade não é um processo simples.
Não é suficiente desejar ser feliz. É necessário agir para tanto, contruindo a felicidade com ações, fazendo as opções corretas e adequadas.
E, muitas das vezes, a felicidade nasce apenas no simplificar das coisas da vida.
Criamos a necessidade de possuir muitas joias, bens, objetos de arte, quando o importante é apenas ter a posse do necessário.
Abrimos mão de valores que são importantes, permitindo-nos corromper para atingir algum objetivo, quando o mais importante é ter a consciência tranquila.
Esquecemos de que somos seres imortais, em uma jornada passageira, iludindo-nos como se o mundo fosse a razão para tudo, perdendo até a esperança no amanhã.
E se fôssemos resumir qual a receita de felicidade possível nesse mundo aí estaria: a posse do necessário, a consciência tranquila e a fé no futuro.
Tudo o mais são as ilusões que construímos achando que serão elas que irão alimentar e manter a nossa felicidade.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita. Em 2.8.2014.

✿❤✿ Michel Pépé - La Rose Magnifique - Elixir d'Amour
https://www.youtube.com/watch?v=QqVPPLAhAus

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O QUE MAIS SOFREMOS


O que mais sofremos no mundo:

Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la. 

Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento. 

Não é a doença. É o pavor de recebê-la. 

Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar. 

Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.

Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo. 

Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros. 

Não é a injúria. É o orgulho ferido. 

Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhes os alvitres. 

Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências. 

Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflição que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.

Ditado pelo Espírito Albino Teixeira. Do livro 'Passos da Vida' - Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Extraído de: http://espirito-de-cura.blogspot.pt

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