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A Doutrina Espírita nos convida ao estudo; mas alerta-nos que sem Obras nunca seremos verdadeiramente ESPÍRITAS.

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quinta-feira, 9 de abril de 2015

DEUS ESPERA QUE AMES



Se tiveres um pouco de atenção e olhares em torno de ti, encontrarás os variados meneios da vida que se reportam ao amor do nosso Criador, em cada movimento.

Em toda parte a natureza está sempre oferecendo um pouco mais à vida, em homenagem ao Grande Pai, enquanto também se enriquece de luz, de cores e de harmonia.

Se de longe vires um canteiro, onde medram flores, alcançarás somente os matizes multicores das corolas; porém, se te aproximares sentirás que, quando beijadas pela brisa, as flores exalam benfazejos perfumes, dando um pouco mais em prol da beleza terrena.

Se olhares a exuberante queda d’água, que despenca da montanha, observarás apenas um soberbo espetáculo de força e vigor. Mas, se te acercares dessa catadupa, verás um risonho arco-íris que se desenha sobre as gotículas suspensas no ar, a fim de que, ao refletir os matizes da luz, possa ofertar um pouco mais em favor da beleza planetária.

Contemplas, ao longe, a neve que inspira friagem e desolação, na branca vastidão  do inverno. Se, entanto, chegares mais perto, identificarás as miríades de cristais de formosíssimas estruturas, a refletir os raios do Sol, como pequenos brilhantes pingentes em qualquer lugar, no anseio de cooperar um pouco mais no embelezamento do mundo.

Se olhares o velho tronco de árvore, apodrecido pelo tempo e abandonado, terás à frente dos olhos tão-só um poleiro inusitado de múltiplas aves, no rumo de uma antiga cerca. Entretanto, se te avizinhares, registrarás o ninho aconchegante e bem arranjado que se abriga no oco vetusto, onde os filhotes piam, ensaiando o canto do futuro, a fim de tornar mais belas as paisagens terrestres.

Se, por entre ameaçadores zumbidos, o enxame de abelhas que se agita te deixa temeroso, não consegues te dar conta do que ocorre, de fato. Ao te aproximares, entretanto, encontrarás uma sociedade organizada, com os trabalhos devidamente distribuídos, sob instintivas ordem e obediência, gerando variados produtos para si mesma e para quem mais os possa utilizar, homens e animais, de modo a dar um pouco mais para a formosura do mundo.

Enfim, para onde te voltes, perceberás sempre o louvor que se estabelece em a natureza, dirigido ao nosso Deus.

Procura viver de tal maneira, coração amigo, que possas desmentir qualquer um que, por ver-te de longe, admita que és tão-só alguém à cata de atender às necessidades imediatas, que ajudam a manter o corpo, a espécie e as propriedades que adquiriste com esforços. Todavia, se já sabes o porquê de estares no mundo e o que te trouxe ao corpo carnal, novamente, saberás expressar, para quem se aproxime de ti, o anjo potencializado que és, por enquanto engolfado em árduas lutas humanas por brilhar e crescer, no rumo do Criador, de modo a dar beleza à vida que pulsa na Terra.

Deus quer que ames e que ofereças um pouco mais de ti à vida. Não te afugentes desse destino; não te negues a atender a esse anseio do nosso Pai Celestial. Vem, levanta-te e move-te para incrementar uma vida nova para ti; busca aprender sempre mais, a fim de mais te libertares das cadeias da ignorância; trabalha com afinco e alegria, para te tornares afinado instrumento nas mãos do Senhor, e ama, por fim, porque foste feito a Sua semelhança, e porque não deves mais deter o voo que te fará alcançar o teu próprio destino, destino de felicidade cujos fundamentos se acham no pulsar das constelações.

Rosângela C. Lima

Mensagem psicografada por Raul Teixeira, em 06.03.2006, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói-RJ.

Fonte: http://www.ceacluz.com.br

Extraído de: http://espirito-de-cura.blogspot.pt

sexta-feira, 3 de abril de 2015

NOVOS DIAS


Nota-se cada vez mais frequente na mídia um tipo de notícia envolvendo jovens.

Talvez você imagine que estamos falando das incidências criminais, de atividades ilícitas ou de comportamentos estranhos.

Porém, embora muitos de nós tenhamos esse tipo de informação na memória, ou mesmo privilegiemos a leitura e os comentários a esse tipo de divulgação, outro é o nosso enfoque.

Falamos daqueles jovens, adolescentes que, antes dos seus vinte anos, já demonstram a que vieram no mundo.

São idealistas, nobres de caráter que, com as aquisições intelectuais e morais que trazem na alma, cedo começam a usá-las a benefício do mundo.

Assim acontece com Boyan Slat, o jovem holandês que desenvolveu o protótipo de um equipamento para retirar os resíduos plásticos dos oceanos, usando correntes marítimas naturais e os ventos.

O mesmo se dá com o americano Aidan Dwyer, que desenvolveu um método de captação de energia solar vinte por cento mais eficiente, inspirando-se nas folhas das árvores.

Ou ainda com William Kamkwamba, jovem do Malawi, que usando sucatas, construiu um moinho de vento para gerar energia elétrica e auxiliar sua comunidade, que desse benefício não dispunha.

O que dizer então de Jack Andraka, o norte-americano que, depois que um amigo da família morreu de câncer de pâncreas, ele, usando apenas a Internet, descobriu uma forma barata de detectar a doença antes dela se tornar mortal.

São inúmeros os exemplos dessas almas nobres que vêm nascendo ou renascendo na Terra para construir tempos melhores.
*   *   *

Se os dias em nossa sociedade, muitas vezes, parecem difíceis e tormentosos, tenhamos em mente: é apenas passageiro.

Natural que, em períodos de transição, de transformação da sociedade, haja dicotomias e aparentes incoerências.

Existem os que ainda persistem em viver com valores há muito abandonados pela legislação, pelo progresso e pela sociedade, que acreditam na violência, na castração das ideias, na supressão da liberdade de consciência ou de ação, como ferramentas de uso lícito.

Também os que usam da falsidade de caráter, da desonestidade e do seu poder temporal para a corrupção e enriquecimento desonesto.

Todos esses, porém, têm seus dias contados em nosso planeta.

O progresso há de levá-los de roldão, pois que insistem em não acompanhá-lo.

Novos dias surgem no horizonte da nossa Terra. Jovens, como os citados e tantos outros, anônimos pelas ruas do mundo, são os arautos.

Portanto, façamos também a nossa parte, para que a regeneração e reestruturação do mundo sejam aceleradas.

Abandonemos valores tolos e ultrapassados, que persistamos em carregar n’alma.

Inspiremo-nos com as atitudes dessas almas nobres. E, como trabalhadores da última hora, conforme ilustra Jesus em Sua parábola, contribuamos beneficamente para a Vinha do Senhor.

Dessa forma, o Reino do Bem, conforme prometido por Jesus, haverá de se instalar nas paragens terrenas, a breve tempo.

Redação do Momento Espírita. Em 27.3.2015.

Fonte: http://www.momento.com.br

Extraído de: http://espirito-de-cura.blogspot.pt

quarta-feira, 1 de abril de 2015

SEM MÁGOAS NO CORAÇÃO


Ele era um cardiologista e escritor de sucesso. Mas, era uma pessoa desagradável, amarga e enfezada. Isso era de tal forma visível que, durante um voo, a comissária de bordo lhe sugeriu que lesse o livro Amor e sobrevivência.

Ele ficou envergonhado porque era o autor daquela obra. Escrevera para os outros e não a aplicara para si.

Isso o fez pensar: Por que sou um homem de maus sentimentos? Sou um dos homens mais importantes da América. Por que tenho mau humor?

Deu-se conta que era infeliz porque odiava o próprio pai. Ele não fora carinhoso, nunca lhe dera um abraço, nunca o beijara.

Resolveu acabar com isso para poder ser feliz. Telefonou ao pai e informou que, na próxima semana, iria visitá-lo. Deu o número do voo, a data e hora da chegada.

Quando chegou à cidade, o pai não estava no aeroporto. Dr. Dean ficou muito contrariado. Pegou um táxi, foi até a casa.

O pai estava sentado na sala e não se levantou para falar com ele. Aumentou a sua raiva.

Pai, viajei dois mil quilômetros para falar com você.

Deve ser um motivo muito forte porque nunca me visitou.

O filho foi ficando mais irritado e resolveu despejar toda sua raiva.

Vim aqui para lhe dizer umas verdades. Tenho muita mágoa do senhor porque nunca cuidou de mim com ternura. E, agora, embora eu tenha tudo, me sinto infeliz e a culpa é sua.

Por que a culpa é minha? – Perguntou o pai.

Porque o pai dos outros é carinhoso e você nunca foi.

Foi o momento do pai ponderar:

Meu filho, gosto muito de você e agradeço que honre nosso nome. Sou um camponês, trabalho a terra. Você é importante, anda voando em aviões, nas grandes festas. Seu velho pai continua trabalhando com a enxada.

Você diz que não o abracei, é verdade. Quando sua mãe morreu, você tinha oito anos e resolvi não me casar outra vez para não lhe dar uma madrasta.

Você não sabe o que foi viver solitário por amor a você. Trabalhei no campo, dia e noite para lhe pagar a faculdade. Você nunca me perguntou como é que consegui o dinheiro. Renunciei a todo o conforto para que o meu filho fosse médico.

Você se tornou famoso e nunca se lembrou que tinha um pai velho e doente. Como é que você se atreve a vir na minha casa dizer que não gosta de mim porque não lhe dei abraços?

E por que você, como criança, não me abraçou? Por que você não me beijou?

Dr. Dean despertou: aquele homem extraordinário era o seu herói. Ele morava num lugarejo, continuou trabalhando, respeitando o carinho do filho ingrato. Abraçou-o e pediu perdão.

Nunca o perdoarei. Foi a resposta.

E por que não?

Porque nunca tive mágoa de você. Na condição de pai, sempre o amei. Sei que você era muito inteligente, mas não tinha experiência da vida, que se adquire através do sofrimento e do trabalho. A sua casa continua aqui, meu filho, e o seu pai continua o mesmo.

Concluiu o Dr. Dean: Naquele dia me libertei do orgulho e do egoísmo. Agora, tudo que ensino aos outros, eu faço, porque encontrei a razão da vida.

* * *

Muitas vezes carregamos mágoas tolas, amargurando a própria vida. Nada melhor do que um diálogo franco, aberto, para se ajustar detalhes e melhorar relacionamentos.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base em fatos da vida do Dr. Dean Ornish. Em 1.4.2015.

Fonte: http://www.momento.com.br

Extraído de: http://espirito-de-cura.blogspot.pt


sábado, 21 de março de 2015

PAZ


“Disse-lhes, pois, Jesus, outra vez: Paz seja convosco.”  (JOÃO, 20:21.)

Muita gente inquieta, examinando o intercâmbio entre os novos discípulos do Evangelho e os desencarnados, interroga, ansiosamente, pelas possibilidades da colaboração espiritual, junto às atividades humanas.

Por que razão os emissários do invisível não proporcionam descobertas sensacionais ao mundo?

Por que não revelam os processos de cura das moléstias que desafiam a Ciência?

Como não evitam o doloroso choque entre as nações?

Tais investigadores, distanciados das noções de justiça, não compreendem que seria terrível furtar ao homem os elementos de trabalho, resgate e elevação.

Aborrecem-se, comumente, com as reiteradas e afetuosas recomendações de paz das comunicações do Além-Túmulo, porque ainda não se harmonizaram com o Cristo.

Vejamos o Mestre com os discípulos, quando voltava a confortá-los, do plano espiritual. Não lhe observamos na palavra qualquer recado torturante, não estabelece a menor expressão de sensacionalismo, não se adianta em conceitos de revelação supernatural.

Jesus demonstra-lhes a sobrevivência e deseja-lhes paz.

Será isso insuficiente para a alma sincera que procura a integração com a vida mais alta? Não envolverá, em si, grande responsabilidade o fato de reconhecerdes a continuação da existência, além da morte, na certeza de que haverá exame dos compromissos individuais?

Trabalhar e sofrer constituem processos lógicos do aperfeiçoamento e da ascensão. E que atendamos a esses imperativos da Lei, com bastante paz, é o desejo amoroso e puro de Jesus Cristo.

Esforcemo-nos por entender semelhantes verdades, pois existem numerosos aprendizes aguardando os grandes sinais, como os preguiçosos que respiram à sombra, à espera do fogo-fátuo do menor esforço.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Caminho, Verdade e Vida'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Extraído de: http://anjo-de-resgate.blogspot.pt

quinta-feira, 19 de março de 2015

O TERRORISMO


A Hidra de Lerna, da mitologia grega, na sua insaciável sede de sangue, ressurge, na atualidade, multiplicando-se em forma do hediondo terrorismo.

Os fantasmas do medo, da revolta, das lutas sem quartel, corporificam-se nas massas alucinadas gritando por vingança, sem se importar com o número de vidas que sejam estioladas, nem com as formas cruentas a que sejam submetidas.

Os direitos do homem e da mulher, dolorosamente conseguidos ao largo da História, cedem lugar ao abuso do poder desenfreado, da loucura fanática de minorias infelizes, que acendem o estopim do barril de pólvora dos ódios malcontidos.

Entre as elevadas conquistas do desenvolvimento ético e moral da Terra, destaca-se a liberdade, representada nas organizações políticas pelos regimes democráticos, veladores da honra de bem viver e deixar que os demais também o vivam. Dentre esses direitos inalienáveis, a liberdade de expressão alcançou nível superior para o comportamento humano.

Não há, portanto, limite sagrado ou profano, proibido ou permitido, dependendo, exclusivamente, do estágio intelecto-moral da sociedade e dos seus cidadãos, que optarão pelo ético, pelo saudável e pelo favorável ao desenvolvimento espiritual da Humanidade.

Sofista por excelência e ético na sua essência, Sócrates defendia a liberdade de expressão num período de intolerância e de sujeição, de arbitrariedades, que ele condenava, havendo pago com a nobre existência a elevada condição de exaltar a beleza e a verdade.

Jesus, na Sua ímpar condição, respeitou essa gloriosa conquista – a liberdade de expressão - não se permitindo afetar pelos inditosos comportamentos dos seus opositores contumazes... E fez-se vítima espontânea da crueldade e do primarismo daqueles que O temiam e, por consequência, O odiavam.

Legou-nos, no entanto, no memorável discurso das bem-aventuranças as diretrizes éticas para a conquista da existência feliz através da aquisição da paz. Em momento algum limitou, excruciou ou lutou contra o amadurecimento espiritual do ser humano.

Sua doutrina, conforme previra, foi submetida ao talante dos poderes temporais e transformada em arma terrorista esmagadora que dominou as massas humanas por longos séculos de medo e de horror.

Há pouco mais de duzentos anos, no entanto, a França e, logo depois, os Estados Unidos da América do Norte desfraldaram a bandeira dos direitos à liberdade, à igualdade e à fraternidade. E houve, desde então, avanços incontestes no comportamento dos povos, diversas vezes afogados no sangue dos seus filhos em insurreições internas, em guerras internacionais, embora muitos interesses subalternos, para que lhes fossem preservados esses soberanos direitos. Os temperamentos primários, porém, ainda predominantes em expressivo número de Espíritos rebeldes, incapazes de compreender os valores humanos, têm imposto a sua terrível e covarde adaga em atos de terrorismo, tendo como pano de fundo as falsas e mórbidas confissões políticas e religiosas, que dizem abraçar, espalhando o caos, o terror, nos quais se comprazem.

A força das suas armas destrutivas jamais fixará os seus postulados hediondos, pois que sempre enfrentarão outros grupelhos mais nefastos e sanguinários que os vencerão. Após o triunfo de um bando de bárbaros por um tempo e ei-los desapeados da dominação por dissidentes não menos cruéis...

Assim tem sido na História em todos os tempos.

Os mongóis, por exemplo, conquistaram a Índia, embelezaram-na, realizaram esplendorosas construções como o Taj Mahal, pelo imperador Shah Jahan, a fortaleza dita inexpugnável guardando a cidade e as minas de diamantes da Golconda, enquanto se matavam para manter-se ou para conquistar o trono – filhos que assassinaram os pais ou os encarceraram, ou os enviaram para o exílio, como era hábito em outras nações – para depois sucumbirem sob o guante de outros voluptuosos dominadores mais hábeis e mais selvagens.

Criaram armas terríveis, como os foguetes com lâminas aguçadas e os imensos canhões, terminando vencidos, após algumas glórias, pelas tropas inglesas que invadiram o país, submetendo-o por mais de um século ao Reino Unido, desde o reinado de Vitória.

Mais tarde, a grandeza moral do Mahatma Gandhi, com a sua misericordiosa não violência, libertou-a, restituindo-a aos seus primitivos filhos. Nada obstante, após o seu assassinato, a Índia continuou e permanece até hoje vítima do terrorismo político e religioso desenfreado, sem a bênção da paz, a dileta filha do amor.

Somente quando o amor instalar-se no coração do ser humano é que o terrorismo perverso desaparecerá e os cidadãos de todas as pátrias e de todas as confissões religiosas se permitirão a vera liberdade de pensamento, de palavra e de ação.

Com efeito, esse sublime sentimento não usará da glória da liberdade para denegrir ou punir pelo ridículo, porque respeitará todos os direitos que a Vida concede àqueles que gera e mantém.

Para que esse momento seja atingido, faz-se urgente que todos, mulheres e homens de bem, religiosos ou não, mantenham-se em harmonia, respeitem-se mutuamente e contribuam uns para a plenitude dos outros.

Infelizmente, porém, na atualidade, em que predominam o individualismo, o consumismo, o exibicionismo, espúrios descendentes do egoísmo, facções terroristas degeneradas disseminarão na Terra o crime e o pavor, até que seus comandantes e comandados sejam todos exilados para mundos inferiores, compatíveis com o seu estágio de evolução.

Merece, igualmente, neste grave momento, recordar a frase de Jesus: Eu venci o mundo! (João, 16:33)

Todos desejam, por ignorância, vencer no mundo.

Ele não foi um vitorioso no cenário enganoso do mundo, mas o triunfador sobre todas as suas ainda perversas injunções.

O terrorismo passará como todas as vitórias da mentira, das paixões inferiores e da violência, porque só o amor é portador de perenidade. 

Vianna de Carvalho

Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 7 de janeiro de 2015 (quando ocorreu o ataque terrorista em Paris), no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia

sábado, 28 de fevereiro de 2015

OBSESSORES NA VISÃO ESPÍRITA


OBSESSORES
Por: Nelson Oliveira e Souza

Há muitas espécies de Espíritos obsessores desencarnados que, de alguma forma, consciente ou inconscientemente, nos prejudicam. Há obsessores que nos odeiam, movidos pelos sentimentos de vingança, mas há também, no extremo oposto, por incrível que possa parecer, aqueles que nos amam, que têm por nós grande afeição e desejam o nosso bem, só que acabam nos prejudicando, sem que tenham tal intenção.

Há Espíritos obsessores viciados, dependentes do fumo, do álcool, das drogas, da gula, do sexo, do jogo, do poder, da luxúria e do dinheiro. Outra categoria de obsessores é constituída por Espíritos indecisos e indiferentes, que em nada acreditam, que ainda perambulam sobre a superfície da Terra, às vezes até sem se aperceberem que já morreram e vivem sem um rumo determinado e quando de nós se aproximam, só transmitem coisas ruins, dúvidas e incertezas, podendo nos induzir à depressão.

Existem também Espíritos obsessores brincalhões que só querem se divertir às nossas custas e há os sofredores, que mesmo sem quererem, transmitem para nós mal-estar e, até mesmo doenças que, na realidade, não existem.

Convém esclarecer quem são estes Espíritos obsessores. Algumas correntes religiosas enquadram-nos como demônios, isto é, Espíritos compromissados com o mal, que só praticam maldades. A Doutrina Espírita, no entanto, vem nos esclarecer que Deus não criou Espíritos maus, Espíritos predestinados ao erro, às imperfeições, ao ódio, à violência ou para o mal. Deus criou todos os Espíritos iguais, simples e ignorantes, mas com a capacidade de progredirem sempre, infinitamente, e deu a todos, igualmente, o livre-arbítrio, isto é, a liberdade para escolher os seus próprios caminhos de progresso, de crescimento espiritual. Desta forma, todos devem progredir e ter o mérito do seu próprio progresso. Mas a nossa liberdade tem um preço às vezes bem alto, pois temos que respeitar a liberdade dos nossos semelhantes, bem como a Lei de Justiça Divina, ou seja, temos que arcar com as conseqüências dos nossos atos. Sempre que fizermos alguém sofrer, teremos que passar pelo mesmo sofrimento pelo qual fizemos os outros passar.

Os Espíritos obsessores são nossos Irmãos, viajantes do Universo, integrantes da grande romaria do progresso, da evolução. Aqueles que hoje estão desencarnados, certamente já estiveram na Terra reencarnados inúmeras vezes, acumulando experiências múltiplas. Todos nós já passamos muitas vezes pelo fenômeno da morte física. E acontece que pelo fato de morrermos materialmente falando, nada se modifica para o Espírito desencarnado, pois carregamos conosco os mesmos desejos, os mesmos sentimentos, os mesmos conhecimentos acumulados e continuamos a ter os mesmos vícios e virtudes adquiridos.

OBSESSORES QUE NOS ODEIAM 

Geralmente são aqueles Irmãos nossos a quem prejudicamos em vidas pretéritas e que ainda não nos perdoaram e, por isso, estão cheios de ódio, desejando vingança. Precisam ser orientados para que nos deixem em paz, pois os crimes que cometemos teremos que repará-los; para isso estamos reencarnados e eles, as vítimas do passado, não têm o direito de fazer a cobrança com as próprias mãos porque, dessa forma, se assim o fizerem, eles é que se tornarão agora os novos criminosos, acumulando novas dívidas para serem ajustadas. A Justiça Divina é automática e não precisa de cobradores.

Tais Espíritos obsessores precisam ser conscientizados de que eles próprios certamente também estão em débito com a Justiça Divina, pelos deslizes de outras vidas passadas e precisam se preparar para novas reencarnações, onde terão a oportunidade de reparar também os males que cometeram.

São Espíritos que conviveram conosco aqui na Terra, geralmente parentes e amigos queridos, que tinham por nós grande afeição e apego e não se conformam com a separação motivada pela morte física. Desejam continuar ao nosso lado, fazendo as mesmas coisas que faziam, demonstrando o mesmo amor e carinho que animavam por nós. Só que, com sentimentos de inconformismo e até mesmo, às vezes, de revolta pela mudança de planos vibratórios, do material para o espiritual, acabam transmitindo para nós toda a ansiedade causada pela situação. Quando a morte foi motivada por uma doença grave ou por um acidente brusco, inesperado, tais Espíritos costumam repassar para nós, sem se aperceberem, toda a carga fluídica doentia que ainda os envolve, relativa aos acontecimentos que os vitimaram. Há necessidade de orientá-los para que possam ser afastados, por algum tempo, para se prepararem convenientemente, desapegando-se dos laços materiais que existiam, para que no futuro possam até ajudar os seus Irmãos queridos, em visitas periódicas e programadas, mas desta feita com uma visão mais clara das finalidades da vida material.

São aqueles que, quando reencarnados, adquiriram algum vício, a ponto de ficarem dependentes. Ao desencarnarem, levam consigo a mesma dependência, pois que, quem tem os desejos não é a matéria, e sim o Espírito. Por isso, deparamo-nos no ambiente espiritual com muitos Espíritos viciados e dependentes do fumo, álcool, drogas, gula, sexo, jogo, poder, luxúria e dinheiro. Tais Espíritos ficam desesperados por não mais poderem satisfazer os seus vícios diretamente, pois estão desligados dos seus antigos corpos materiais.

Este tipo de obsessão é um dos mais difíceis, pois a cura só ocorre quando o obsediado decide, definitivamente, deixar por completo o vício. Se a pessoa não toma esta decisão, o que acontece é que, pelo trabalho de desobsessão, os obsessores são esclarecidos, orientados e afastados para tratamento. Mas como a pessoa continua a alimentar os mesmos vícios, outros obsessores que entram em sintonia, aparecem para dar continuidade à obsessão.

São aqueles que ficam perambulando na Terra sem objetivo determinado. Quando aqui viviam, dedicavam-se exclusivamente à matéria e, em geral, em nada acreditavam. Muitas vezes não sabem que já morreram, pois se sentem vivos e realmente estão vivos, só que sem o corpo material. Ao se aproximarem de nós, só transmitem coisas ruins, dúvidas e incertezas e, não raras vezes, podem nos induzir às depressões. Estes Espíritos devem ser esclarecidos devidamente para que possam compreender as diferenças básicas entre os Planos Material e Espiritual, e encaminhados para estagiar nas Escolas Espirituais, no sentido de aprenderem a finalidade das reencarnações e se prepararem convenientemente para a continuidade da evolução espiritual.


Obsessores Brincalhões

São Espíritos que querem se divertir as nossas custas, às vezes até com brincadeiras de mau gosto. São Espíritos atrasados, que não estão ainda capacitados a distinguir o bem do mal e não têm noção das Leis de Justiça Divina, de causa e efeito. Precisam ser orientados sobre as responsabilidades do livre-arbítrio, para começarem a pensar na própria vida, na necessidade de progresso, procurando se preparar para novas reencarnações, deixando, assim, de perder um tempo precioso que não volta nunca mais.


Há muitos Espíritos desencarnados sofredores, principalmente aqueles que desencarnaram em situações traumatizantes, através de acidentes, assassinatos e suicídios, ou vítimas de doenças graves. Em geral, não desejam propriamente o nosso mal. Querem apenas ajuda, socorro. Como estão sofrendo, quando de nós se aproximam, transmitem as suas angústias. Estes Espíritos não deveriam estar sofrendo mais nada, visto que o corpo carnal já está desligado do Espírito. Só continuam a sofrer porque os seus pensamentos estão fixos na cena dolorosa do desencarne. Precisam ser medicados com passes anestesiantes para alívio das dores e serem encaminhados aos HOSPITAIS ESPIRITUAIS para tratamento específico, com o objetivo de desviarem as suas atenções para outros fatos importantes, esquecendo o episódio da morte física traumatizante.

É importante esclarecer que as obsessões só existem porque ainda animamos maus pensamentos e agimos sem amor nos corações, deixando portas abertas, às vezes escancaradas, para a penetração dos nossos Irmãos obsessores, com os quais entramos em perfeita sintonia vibratória.

Jesus, nosso Mestre Supremo, fornece-nos nos Evangelhos uma receita simples e eficiente para não cairmos nas teias da obsessão: ORAR E VIGIAR SEMPRE.

Outra atitude profilática é ocupar todo o nosso tempo disponível em trabalhos meritórios e edificantes, pois desta forma o trabalho funciona como verdadeira terapia.

Artigo.: OBSESSORES
Por: Nelson Oliveira e Souza (Presidente do CETJ )
O Mensageiro – Revista Espírita Cristã do Terceiro Milênio

O Hospital Espiritual do Mundo
 agradece os irmãos DA 
REVISTA ESPÍRITA CRISTÃ DO TERCEIRO MILÊNIO – O MENSAGEIRO pelo artigo que engrandeceu este espaço de aprendizagem e encontros Sagrados. 

Se deseja compartilhar e divulgar estas informações, reproduza a integralidade do texto e cite o autor e a fonte. Obrigada. Hospital Espiritual do Mundo.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

CRER EM DEUS



Alguns de nós cremos em Deus, por simples atavismo religioso. Assim nos ensinaram nossos pais. Deus existe e tudo criou.

Outros cremos porque a razão nos diz que não pode haver tanta harmonia, beleza e sincronia em todo o universo, sem algo ou alguém que a tudo presida.

O professor Cressie Morrisson afirma que ele crê em Deus por vários motivos. Um deles é o equilíbrio que existe no ecossistema.

Diz ele: Sabemos que os insetos respiram através de tubos. Na medida em que os insetos crescem, os tubos não crescem, o que faz com que eles morram, por falta de ar.

Assim acontece com a cigarra. Ela não morre de cantar, mesmo porque o barulho que identificamos como seu canto, se trata do ruído que ela produz atritando as patas. Quando ela cresce, os tubos não lhe dão o ar necessário e ela morre.

Se os insetos crescessem e, com eles, crescessem os tubos, poderíamos ter formigas do tamanho de elefantes e pulgas com corpos de rinocerontes, tornando impossível a vida, na face da Terra.

E, continua o professor, alguém pensou em elaborada lei para manter o equilíbrio na natureza. Uma lei que funcionou bem na Austrália, há alguns anos.

Naquele país, os ventos impediam a agricultura e teve-se a ideia de criar sebes, para proteger a semeadura nascente. Assim, passaram a cultivar uma espécie de cacto.

Logo, por não terem inimigo natural, eles ocupavam uma área maior do que o território do império britânico.

Usaram todos os métodos possíveis e nada acabava com os cactos, que continuavam a proliferar, sem medida. Os ventos carregavam o pólen.

Reuniram-se os entomologistas na capital australiana e chegaram à conclusão de que deveriam procurar um inseto que se alimentasse de cactos e que fosse excelente reprodutor.

O pequeno animal foi descoberto no Nordeste brasileiro e exportado, em quantidade, para a Austrália.

Pouco depois, os entomologistas novamente se preocuparam. Os cactos estavam desaparecendo. Mas, e os besouros? Não se tornariam uma praga no país?

Foi aí que a sábia lei do equilíbrio entrou em ação, estabelecendo cactos para besouros e besouros para cactos.

Por isso, diz Cressie Morrisson, eu creio em Deus.

David, no capítulo XVIII dos Salmos canta: Os céus proclamam a glória de Deus e o universo fala da obra das Suas mãos.

E o telescópio Hubble nos permite ver até um bilhão de estrelas, apenas na nossa galáxia. Cada qual com seu brilho especial.

Nosso sol, uma estrela de quinta grandeza, avança pelo infinito, com seus planetas, em uma jornada interminável, pelo universo.

Ante tanta grandeza, não se pode senão crer nesse Deus, sábio, inteligência suprema, que tudo criou, estabelecendo leis perfeitas, que zelam pela harmonia e beleza de todo o universo.

* * *

Um pai humano, mesmo que destituído de sentimentos superiores, providencia o pão, o agasalho, o medicamento, o socorro para o filho, planejando-lhe a felicidade.

O Pai Celestial, muito mais sábio e generoso, brinda todos os tesouros imagináveis aos Seus filhos.

Na Sua magnanimidade, enche de luzes o espaço infinito e, com a mesma grandeza, veste a singela flor do campo das cores mais suaves aos tons mais vibrantes.

Redação do Momento Espírita, com base em palestra de Divaldo Pereira Franco, Porque creio em Deus e no cap. 6, do livro Lições para a felicidade, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. Em 25.2.2015.

Fonte: http://www.momento.com.br

Extraído de: http://espirito-de-cura.blogspot.pt
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