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A Doutrina Espírita nos convida ao estudo; mas alerta-nos que sem Obras nunca seremos verdadeiramente ESPÍRITAS.

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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

AMOR E PAZ




No clima de ansiedade em que respiras, da vida e das coisas somente observas o lado negativo, como se te propusesses, exclusivamente, ao arrolamento do pessimismo e da aflição.

Relatas que a dor mantém presença constante nos quadros da vida, parecendo asfixiar os ideais de beleza e os sonhos de elevação.

Aqui é a enfermidade dominadora, produzindo desespero e loucura; adiante se expande a anestesia do desencanto, impossibilitando os sorrisos; mais longe governa o desequilíbrio da emoção que não suporta os impactos da luta; próximo está o grito da fome ceifando vidas; ali comanda a traição... E todo um séquito de vis paixões e misérias morais tomam corpo, sobrepairando, soberanas, ante as concessões da alegria, as aspirações nobilitantes, que perduram, ainda, em alguns lutadores denodados.

Na fuga que encetas para longe das realidades legítimas, perdeste a dimensão da verdade, e se mesclam ante a tua observação caótica os valores ideais e os pressupostos verdadeiros. Por isso, tudo se te afigura conforme te sentes.

Sai, porém, da cela pessimista em que, espontaneamente, te encarceras.

Há beleza e cor em toda parte, poesia e arte em todo lugar esperando a visão dos teu olhos, a percepção dos teus ouvidos, a sensibilidade da tua emoção, antes que se embotem, demorando-se incapazes de novos registros.

Quando nos permitimos agir ao compasso do amor, não obstante o desconcerto em derredor, logramos enriquecer-nos de esperança, que nos convoca à alegria de viver.

Se o sucesso te parece tardio, espera-o ao compasso do amor.

Não programes felicidade dentro dos padrões tradicionais que a ambição já estabeleceu e os preconceitos mantêm.

Prepara-te, antes, para desfrutar no sentido positivo de todas as ocorrências, mesmo que algumas, de início, possam afigurar-se perniciosas.

O operário diligente consegue realizações com o material de que pode dispor.

O agricultor competente e pertinaz não se deixa vencer pelo solo adusto, já que conhece os recursos para transformar a terra, abençoando-a com fertilidade.

Se estás a braços com inimigos soezes ou defrontas adversários gratuitos, em compasso de amor, desculpa-os e sê cordial para com eles.

Todos são sensíveis à tolerância, à bondade, aos sentimentos da renúncia e da abnegação.

O ritmo do bem é compasso de amor.

Amor que se espande - felicidade que se espraia no país dos corações.

Higieniza o espírito e coloca no íntimo a musicalidade que cante ao compasso do amor e verás reverdecer-se a paisagem das tuas aspirações, fruindo, desde logo, as relevantes concessões da alegria pura. 

Livro: Receitas de Paz
Joanna de Ângelis & Divaldo Franco

Fonte: http://mensagemdeluz.kit.net/

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

RETALHOS LUMINOSOS



"A vida do homem estará centralizada onde ele centralize o próprio coração."
* * *
"Atravessamos experiências consangüíneas na Terra, para adquirir o verdadeiro amor espiritual. O Senhor da Vida nos permite a paternidade ou a maternidade no mundo, a fim de aprendermos a fraternidade sem mácula."
* * *
"As abelhas trabalham no escuro; o pensamento, no silêncio; e a virtude, no segredo."
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"A noção do dever bem cumprido, ainda que todos os homens permaneçam contra nós, é uma luz firme para o dia e um abençoado travesseiro para a noite."
* * *
"Tudo o que fizerdes, fazei-o bem."
* * *
"Enquanto uma alma não sentir sede, será inútil oferecer-lhe água e mostrar-lhe onde está a fonte."
* * *
"O mal aumenta as dívidas que devem ser pagas; evita o mal e faze o bem; conserva o teu império sobre ti mesmo; tal é o caminho."
* * *
"Vigiais vossos lábios como se fossem a porta de um palácio habitado por um rei; que todas as vossas palavras sejam tranqüilas, francas, corteses como se o rei estivesse presente."
* * *
"A compaixão e a necessidade unem todos os homens com um laço indissolúvel."
* * *
"Que cada uma de vossas ações destrua uma imperfeição ou ajude a acrescentar um mérito; como se vê um fio de prata através das contas de um colar, deixai que o Amor transpareça de vossas ações."

Livro: O Livro dos Espíritos para a Juventude
Eliseu Rigonatti

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O PREÇO DA LUZ





Não recebemos qualquer aquisição sem preço correspondente.

Fatos comezinhos da existência material esclarecem-nos vivamente nesse sentido.

Por que motivo aguardaríamos vantagens da compreensão sem o trabalho preciso? Não se dependura a virtude no santuário da consciência, como objeto de adorno em tabiques exteriores.

Faz-se preciso renovar a mente e purificar o coração.

Não adquiriremos patrimônios da imortalidade, guardando acervos de pensamentos da vida inferior.

Não nos renovaremos em Cristo, perseverando nas armadilhas de sombra a esfera transitória.

Para elevar a própria vida, é necessário gastar muitas emoções, aparar inúmeras arestas da personalidade, reajustar conceitos e combater sistematicamente a ilusão. 


Livro: Brilhe Vossa Luz 
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier


Fonte:  http://mensagemdeluz.kit.net/

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

CARTA DE ANO NOVO




Ano Novo é também renovação de nossa oportunidade de aprender, trabalhar e servir. 

O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para a necessária ascensão. 

Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para execução de velhas promessas, que ainda não tiveste a coragem de cumprir.

Se tens inimigo, faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação. 


Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente. 

Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir. 

Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria serena da consciência feliz no dever bem cumprido.

Novo Ano! Novo Dia! 

Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora.


Recorda que há mais ignorância que maldade, em torno de teu destino. 

Não maldigas, nem condenes.


Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão. 

Não te desanimes, nem te desconsoles. 

Cultiva o bom ânimo com os que te visitam, dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.

Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: - Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros, amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.

Livro: Vida e Caminho
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier


Fonte: http://mensagemdeluz.kit.net/

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

JESUS, O LIBERTADOR




Havia uma grande expectativa em Is­rael, que aguardava ansiosamente o Mes­sias anunciado.
A voz dos profetas, que ficara silencio­sa fazia alguns séculos, não alterara as no­tícias de que Jeová enviaria o libertador do Seu povo no momento adequado.

A presunção exagerada, que havia elegido como filhos de Deus somente os judeus, continuava na conduta arrogante daqueles que aguardavam receber o pri­vilégio dos Céus em detrimento de toda a humanidade.

Descrevia-se a Sua chegada como o momento máximo da sua história de nação muitas vezes escravizada por outras mais poderosas, que então se curvariam humilhadas ante a grandeza da raça es­colhida pela sua fidelidade e devotamen­to aos divinos códigos.

Antevia-se o momento da libertação, especialmente naqueles dias em que o Império Romano escarnecia das suas tra­dições e da sua liberdade, esmagando os seus ideais de independência.

Sentia-se mesmo que aquele era o mo­mento, e que, em qualquer instante, os sinais de identificação apontariam o Es­colhido.

Os sofrimentos vividos na Babilônia, no Egito e em outros lugares cruéis, no passado, não haviam sido esquecidos. Embora a coação prosseguisse e a miséria rondasse as suas vidas, estremunhando-­as e dizimando-as, porque lhes retira­vam tudo quanto possuíam, inclusive os parcos recursos, em razão dos impostos exorbitantes, não conseguiam, porém, tomar-lhes a esperança que teimava em permanecer nos seus corações.

Aguardava-se, portanto, que Ele che­garia em triunfo mundano, cercado de poder militar e de despotismo, de forma que vingasse as humilhações e dores que os Seus haviam experimentado através dos tempos.

Sentando-se no trono e governando com insolência e perversidade, somente àqueles que Lhe pertenciam concederia compaixão e bondade, ternura e amor, oferecendo-lhes os reinos da Terra, a fim de que pudessem fruir o poder e a glória anelados.

Esqueciam-se, porém, da transitorie­dade da vida física e do impositivo da morte, que a todos arrebata, transferin­do-os para a dimensão da imortalidade.

Por mais longos e prazenteiros fossem os dias de efusão e de orgulho, que es­peravam viver, a fatalidade biológica os conduziria à velhice, ao desgaste, à con­sumpção do corpo e ao enfrentamento com a Vida Eterna.

Mas Israel e seus filhos estavam inte­ressados no mundo, nos negócios da ilu­são, nas conquistas terrenas.

A mágoa e o desejo de desforço acalen­tados por séculos demorados, consegui­ram diluir na vacuidade o discernimento em torno dos valores reais da existência humaria.

Somente eram considerados o gozo e a supremacia sobre os demais povos, submetendo-os ao talante das suas desorde­nadas ambições.

A cegueira do orgulho envilecera os sentimentos do povo, não ha­vendo lugar para a reflexão nem para o amor fraternal.

* * *

Ele veio e não O aceitaram.

Aguardavam um vingador que esmagasse os inimigos, enquanto Ele chegara para conquistar aqueles que se haviam transformado em adversários.

Esperavam que fosse portador de soberba, arbitrário e superior em crueldade àqueles que se fizeram odiados, mas Ele vivenciou o amor em todas as suas expressões, demonstrando que o Filho de Deus é lição viva de compaixão e misericórdia.

Em face das suas necessidades materiais, não poderiam receber o Embaixador do Reino de Deus, que vinha colocar os Seus alicerces na Terra, para erguer o templo da legítima fraternidade que deve viger entre todas as criaturas.

De início, antes da ira contra a Sua pessoa, desejaram arrastá-lO para as suas tricas farisaicas e para os seus domínios insensatos. E porque não conseguiram, voltaram-se contra Ele e Sua mensagem, perseguindo-O com insistência e ameaçando-O sem clemência.

Ele, porém, permaneceu integérrimo. A Sua tranqüilidade desconcertava-os, fazendo que arremetessem furibundos contra os ensinamentos de que se fazia portador e procurando um meio de en­volvê-lO em algum conceito que O pu­desse criminar, a fim de O matarem.

Encharcados de presunção, o único sentido para a vida centrava-se na busca do poder, do prazer, no vingar-se dos ini­migos reais e imaginários.

Não é de estranhar que Jesus não lhes representasse o cumprimento das profecias.

Embora o Seu fosse o maior poder que a Terra jamais conheceu, os ambicio­sos que desejavam o mundo não estavam interessados na Sua força incomparável, que se fazia soberana ante os ventos, as ondas do mar durante a tempestade, ou diante dos distúrbios da mente, da emoção e do corpo das criaturas que O bus­cavam.

Invejosos, não podendo negar-Lhe a grandeza, acusavam-nO de ser emissário do Mal, veículo satânico.

Jesus compadecia-se deles e exortava-os à liberdade espiritual, que é a verdadeira, conclamando-os ao despertamento para a realidade.

Mas os tóxicos do ódio haviam-nos envenenado desde há muito, não haven­do espaço mental nem emocional para o refrigério da compreensão nem para a bênção da paz.

* * *

Ainda hoje Israel não O entendeu. Prossegue esperando o seu Messias dominador, banhando-se de sangue e sacrificando-se, enquanto os seus filhos estorcegam em reencarnações purifica­doras e aflitivas através dos evos.

O amor, que é a solução para todos os problemas humanos e os conflitos que se abatem sobre a Terra, ainda não é reco­nhecido como o único recurso capaz de gerar felicidade nos corações.

Passaram aqueles dias tormentosos e outros muitos, enquanto Jesus perma­nece como o libertador de consciências, conduzindo-as no rumo da plenitude.

* * *

Neste Natal, recorda-te dEle e entre­ga-te a Ele sem qualquer relutância.

Ele te conduzirá com segurança pelo vale da morte e pela noite escura das paixões, apontando-te o amanhecer luminífero por onde seguirás no rumo da felicidade.


Recebida em 6 de setembro de 2004
no Centro Espírita Caminho da Redenção
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O FILHO DO ORGULHO



O melindre - filho do orgulho - propele a criatura a situar-se acima do bem de todos. É a vaidade que se contrapõe ao interesse geral. 

Assim, quando o espírita se melindra, julga-se mais importante que o Espiritismo e pretende-se melhor que a própria tarefa libertadora em que se consola e esclarece. 

O melindre gera a prevenção negativa, agravando problemas e acentuando dificuldades, ao invés de aboli-los. Essa alergia moral demonstra má-vontade e transpira incoerência, estabelecendo moléstias obscuras nos tecidos sutis da alma. 

Evitemos tal sensibilidade de porcelana, que não tem razão de ser. 

Basta ligeira observação para encontra-la a cada passo: 

É o diretor que tem a sua proposição refugada e se sente desprestigiado, não mais comparecendo às assembléias. 

O médium advertido construtivamente pelo condutor da sessão, quanto à própria educação mediúnica, e que se ressente, fugindo às reuniões.

O comentarista admoestado fraternalmente para abaixar o volume da voz e que se amua na inutilidade.

O colaborador do jornal que vê o artigo recusado pela redação e que se supõe menosprezado, encerrando atividades na imprensa.

A cooperadora da assistência social esquecida, na passagem de seu aniversário, e se mostra ferida, caindo na indiferença. 

O servidor do templo que foi, certa vez, preterido na composição da mesa orientadora da ação espiritual e se desgosta por sentir-se infantilmente injuriado. 

O doador de alguns donativos cujo nome foi omitido nas citações de agradecimento e surge magoado, esquivando-se a nova cooperação. 

O pai relembrado pela professora das aulas de moral cristã, com respeito ao comportamento do filho, e que, por isso, se suscetibiliza, cortando comparecimento da criança. 

O jovem aconselhado pelo irmão amadurecido e que se descontenta, rebelando-se contra o aviso da experiência. 

A pessoa que se sente desatendida ao procurar o companheiro de cuja cooperação necessita, nos horários em que esse mesmo companheiro, por sua vez, necessita de trabalhar a fim de prover a própria subsistência.

O amigo que não se viu satisfeito ante a conduta do colega, na instituição, e deserta, revoltado, englobando todos os demais em franca reprovação, incapaz de reconhecer que essa é a hora de auxílio mais amplo.

O espírita que se nega ao concurso fraterno somente prejudica a si mesmo. 

Devemos perdoar e esquecer se quisermos colaborar e servir.

A rigor, sob as bênçãos da Doutrina Espírita, quem pode dizer que ajuda alguém? Somos sempre auxiliados. 

Ninguém vai a um templo doutrinário para dar, primeiramente.

Todos nós aí comparecemos para receber, antes de mais nada, sejam quais forem as circunstâncias. 

Fujamos à condição de sensitivas humanas, convictos de que a honra reside na tranqüilidade da consciência, sustentada pelo dever cumprido. 

Com a humildade não há o melindre que piora aquele que o sente, sem melhorar a ninguém. 

Cabe-nos ouvir a consciência e segui-la, recordando que a suscetibilidade de alguém sempre surgirá no caminho, alguém que precisa de nossas preces, conquanto curtas ou aparentemente desnecessárias. 

E para terminar, meu irmão, imagine se um dia Jesus se melindrasse com os nossos incessantes desacertos...

Livro: O Espírito da Verdade
Cairbar Schutel & Francisco Cândido Xavier

Fonte: http://mensagemdeluz.kit.net/
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